Micro e pequenas empresas de serviços, da construção e do retalho registaram os valores mais elevados de insolvências em dezembro.
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Empresas de construção em insolvência
Foto de Pavel Danilyuk no Pexels

O ano de 2023 foi marcado por um clima de incerteza, tendo em conta a alta inflação e subida dos juros que se fez sentir. E todos estes fatores impactaram a atividade empresarial em Portugal, de tal forma que o país fechou o ano registando um aumento de 14% de insolvências face ao ano anterior. Em dezembro, observou-se uma subida mensal de 0,7% nas insolvências, com os pequenos negócios de serviços, construção e retalho a registar os valores mais elevados.

“Portugal fechou 2023 com um crescimento acumulado de 14% nas insolvências”, conclui a COSEC, a companhia de seguro de crédito da Allianz Trade. E a tendência no registo de insolvências continua a ser verificada em maior escala nos grandes centros urbanos do Porto, seguido de Lisboa, uma vez que foi nestes distritos que foi observado o maior número de insolvências face ao período homólogo. Já os distritos de Braga, Madeira e Viseu registaram o maior crescimento acumulado de insolvências até dezembro. 

Foram as micro e pequenas empresas - com um volume de negócios inferior a 500 mil euros - que continuam a registar o maior número de insolvências, mantendo a tendência verificada ao longo do ano. E ao nível setorial, os serviços, a construção e o retalho continuam a registar os valores mais elevados em termos de insolvências no mês de dezembro, lê-se no comunicado publicado na sua página oficial.

“Assistimos a um ano de 2023 pautado por várias dinâmicas que originaram alguma incerteza a nível económico. Acreditamos que as tendências de crescimento homólogo nas insolvências possam ainda durar mais algum tempo até estabilizar, mas existem alguns indicadores que dão, para já, alguma expetativa de que possamos caminhar para uma estabilidade maior, como é o caso do crescimento do PIB e até da inflação”, refere André Granado, administrador executivo da COSEC, que antecipa que o PIB em Portugal deverá crescer 1,3% em 2024 e a inflação deverá fechar o ano em 2,4%.

Mas alerta que a incerteza nos mercados internacionais vai continuar ao longo deste ano. “Contudo, sabemos que 2024 será um ano que começa com a continuidade de conflitos na Europa e Médio-Oriente, assim como com alguma incerteza, uma vez que os países que representam 60% do PIB mundial vão ser chamados às urnas. Acreditamos, por isso, que deve continuar a existir alguma cautela até o cenário económico e político ser mais claro”, admite ainda André Granado citado no documento.

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