a crise parece não estar a afectar as três maiores construtoras portuguesas. segundo o diário de notícias (dn), apesar da construção estar em queda no país - o eurostat aponta para um recuo homólogo de 2,6% em março e são muitas as empresas a falir -, a mota-engil, a soares da costa e a teixeira duarte têm aumentado o volume de negócios e reforçado a presença internacional
de acordo com o dn, a mota-engil, cujo lucro subiu 2,9% no primeiro trimestre do ano, para 3,1 milhões de euros, aumentou o volume de negócios 6,5%, para 431 milhões de euros. a carteira de encomendas da construtora ascendeu a 3,5 mil milhões de euros no final de março, dos quais três mil milhões eram relativos à área de negócio "engenharia & construção". o grupo reforçou, nesse período, a sua carteira nos mercados africano, da américa latina e da europa central
o presidente do conselho de administração da mota-engil, antónio mota, disse recentemente que o "sector da construção está a cair há oito ou há dez anos" em portugal, sendo que "a quebra foi possível compensar com crescimento internacional"
no que diz respeito à soares da costa, aumentou o lucro em 2010. segundo o dn, no ano passado, a construtora lucrou 15,6 milhões de euros, uma subida de 36% face ao 2009. o volume de negócios caiu 5%, para 893,5 milhões de euros, e verificou-se, sobretudo, no mercado português - a construtora perdeu 15,5% do volume de negócios devido ao atraso da autoestrada transmontana -, uma vez que nos mercados internacionais conseguiu uma subida de 3,8%
pedro gonçalves, presidente executivo da soares da costa, adiantou que a empresa prevê atingir um volume de negócios de 1.000 milhões de euros, sustentado na actividade internacional, que representa 57% da facturação total. neste campo, sublinhem-se os mercados norte-americano, que cresceu 75% em 2010, e moçambicano, com um aumento de 28%
relativamente à teixeira duarte, viu os seus lucros caírem 60,6% entre 2009 e 2010, atingindo os 46 milhões de euros. ainda assim, o volume de negócios da construtora cresceu 4,5% face a 2009, atingindo 1,3 mil milhões de euros, com brasil e angola a assumirem-se como os mercados com melhor desempenho
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