O encerramento compulsivo das lojas da Moviflor, empresa portuguesa de mobiliário que estava em Processo Especial de Revitalização (PER) há quase um ano, está a ser investigado pelo Mnistério Público.
Fonte oficial da Procuradoria Geral da República (PGR), citada pelo Público, conforma que a “denúncia (do Sindicato do Comércio e Serviços de Portugal) foi remetida ao departamento do Ministério Público competente, onde foi instaurado um inquérito, o qual se encontra em investigação”.
A queixa do sindicato foi feita depois de, no dia 1 de outubro, a Moviflor ter decidido fechar as lojas sem pagar o que deve aos trabalhadores e credores.
A empresa fundada por Catarina Remígio foi alvo de oito pedidos de insolvência só este ano, mesmo depois de ter recorrido ao PER em Maio do ano passado para tentar recuperar financeiramente e manter os 950 postos de trabalhos, lembra o jornal.
O PER foi homologado em Dezembro de 2013, mas oito meses depois deu entrada no tribunal o primeiro dos oito requerimentos de declaração de insolvência. Além de dívidas a fornecedores, a Moviflor não pagou alguns dos salários aos trabalhadores, nem as indemnizações do despedimento colectivo, que levou a cabo ao abrigo do programa de recuperação.
Há um mês, a 13 de outubro, relata ainda o Público, a empresa alterou a sua denominação social e passou a chamar-se Albará. É com esse nome que regressa aos tribunais para enfrentar uma eventual nova insolvência.
De acordo com os resultados financeiros de 2013, os prejuízos ultrapassaram os 18,7 milhões de euros, um recuo de mais de 69% face a 2012, e as vendas chegaram aos 31 milhões, menos 63% em comparação com o ano anterior.
A maioria dos pedidos de insolvência que aguardam decisão do tribunal foi interposta por antigos trabalhadores, mas também há requerimentos de fornecedores, como a empresa de segurança Grupo 8.
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