Com a extinção da Empresa Pública de Urbanização de Lisboa (EPUL), concretizada no final de 2014, a Câmara Municipal de Lisboa herdou 95,2 milhões de euros de dívida. “A dívida da EPUL que transita para a câmara de Lisboa, após os acertos que a EPUL fez para com a câmara e que a câmara tinha para com a EPUL, porque esses acertos desaparecem quando as contas são consolidadas e a empresa é fechada, foi de 95,2 milhões de euros”, explicou Fernando Medina, vice-presidente da autarquia.
De acordo com o responsável, “a reestruturação da dívida bancária que foi feita” pela comissão liquidatária “evitou a drenagem de recursos da câmara para a EPUL, para a cobertura de prejuízos e de situações emergentes de tesouraria”. Gestão essa que permitiu ainda a conclusão do empreendimento em Lisboa, no Martim Moniz, entre novembro e dezembro (as obras começaram em 2001 e deviam ter terminado em 2003).
Fernando Medina adiantou que já se realizaram algumas escrituras, tanto por parte dos compradores iniciais, que tinham uma promessa de compra e venda, como por parte de pessoas que adquiriram imóveis na hasta pública realizada em novembro. As restantes escrituras vão decorrer este ano.
De referir que a autarquia terminou o ano de 2014 com uma dívida consolidada de 617,7 milhões de euros, menos 25,5 milhões do que no ano anterior (643,2 milhões).
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