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Imobiliárias estão a recrutar professores desempregados
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milhares de professores que estão no desemprego. E muitos, devido às suas competências – sabem falar línguas e têm capacidade de mobilização e de falar em público, por exemplo –, estão a virar-se para a área das vendas, nomeadamente no setor imobiliário. E as mediadoras parecem estar atentas a esta situação.

Só para trabalhar na Remax é possível encontrar vários anúncios online que pedem especificamente professores. “Com a cultura da nossa empresa e valores, temos a capacidade em ajudar e apoiar os professores, que este ano não foram colocados, a integrarem-se com sucesso num setor de atívidade que desconhecem, tirando partido das suas melhores capacidades enquanto profissionais”, lê-se num anúncio da mediadora.

Citado pelo Diário de Notícias, César Israel Paulo, da Associação Nacional dos Professores Contratados, referiu que as capacidades que as imobiliária procuram e encontram nos professores são “comunicação, capacidade de mobilização, motivação e persuasão na sala de aula”. “Temos recebido na associação contactos de multinacionais nas áreas das vendas para saber se os professores estariam interessados”, contou.

No caso concreto da Remax, a oferta de trabalho inclui uma faturação acima de 50 mil euros por ano, independência e isenção de horário e ter um próprio negócio. Os candidatos têm de apresentar “bons conhecimentos de informática”, “capacidade de comunicação, argumentação e persuasão” e “sentido de responsabilidade, organização e método de trabalho”.

Também as mediadoras Century 21 e ERA parecem estar interessados em recrutar professores desempregados. “Hoje, a mediação imobiliária é uma opção de carreira para muitos jovens licenciados e para pessoas com carreiras em distintas áreas, que descobriram esta profissão pelas razões mais diversas e que já não ponderam abandonar o setor”, contou Ricardo Sousa, administrador da Century 21 Portugal.

No caso da ERA, cerca de 95% dos franqueados provêm de outros setores de atividade. “Temos vários professores a trabalhar como comerciais, tal como temos pessoas com outras profissões, nomeadamente engenheiros, arquitetos e advogados”,revelou Miguel Poisson, diretor-geral da empresa,

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