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Montepio conta com venda de imobiliário para salvar contas e sair dos atuais prejuízos

O Montepio conta com a venda de ativos e poupanças de reestruturação para sair do vermelho, passando dos prejuízos registados no primeiro trimestre para lucros, nos próximos meses. A instituição financeira espera arrecadar entre 400 e 500 milhões de euros com a venda de imóveis, participações financeiras e carteiras de crédito malparado. A maior fatia deverá vir da alienação de imobiliário, que já gerou um encaixe de 60 milhões nos primeiros três meses do ano.

"Tenho uma perspetiva positiva para o desempenho até ao final do ano", afirmou José Félix Morgado, presidente da caixa económica, em declarações ao Jornal de Negócios.  

Além do encaixe previsto com as vendas, no conjunto do ano, a instituição pretende poupar 35 milhões de euros com a redução de pessoal, que vai prosseguir, e o encerramento de balcões já concretizados.

Saídas de trabalhadores vão continuar

No primeiro trimestre do ano, saíram 150 trabalhadores do Montepio, através de reformas e pré-reformas, e até ao final de junho deverão desvincular-se mais 150 com reformas antecipadas a algumas rescisões. Além disso, nos primeiros quatro meses do ano, foram encerrados 100 balcões, reduzindo a rede a 330 agências.  

Félix Morgado, tal como indica o jornal, recusa a ideia de que a caixa melhorou o balanço colocando o ónus na associação. "O acionista cumpriu o seu dever, a gestão cumpriu o seu", disse, argumentando que a diminuição dos activos ponderados pelo risco (além dos seguros, também imóveis e créditos malparados) "não tem que ver com a associação", mas sim com o trabalho bancário.

Os resultados, segundo diz ainda o diário, ainda não dão um contributo positivo para o caminho de melhoria do capital, No final do primeiro trimestre, a caixa apresentou prejuízos de 19,8 milhões, face aos lucros de 9,8 milhões homólogos.

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