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Mais de 80% das casas vendidas são usadas e não têm garantia. ERA inova e muda o cenário
João Pedro Pereira, membro da Comissão Executiva da ERA idealista/news

A maioria das casas vendidas em Portugal são usadas, logo não têm, se tiverem mais de cinco anos, qualquer tipo de garantia para defeitos de construção – as novas têm uma garantia de cinco anos. Tendo em conta este cenário, a ERA tem em vigor uma campanha na qual oferece um seguro que cobre reparações no imóvel (vendido) usado em caso de necessidade e durante pelo menos 12 meses. 

“A Garantia ERA é um seguro de no mínimo 12 meses com capitais garantidos pela Inter Partner Assistance (empresa do Grupo AXA) que é ativado a partir da data da escritura do imóvel e que cobre problemas em sistemas de aquecimento, canalizações, esquentador de água, sistemas elétricos, infiltrações/inundações, fissuras em paredes e tratamento de bolores”, explica ao idealista/news João Pedro Pereira, membro da Comissão Executiva da imobiliária ERA.

Antes de mais uma nota: segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), a diferença entre o número de casas usadas vendidas é muito superior (mais de 80%) ao das novas: foram vendidos 127.106 alojamentos em 2016 (105.502 existentes e 21.604 novos) e 110.847 nos primeiros nove meses de 2017 (93.525 existentes e 17.332 novos). 

Foram vendidos 127.106 alojamentos em 2016 (105.502 existentes e 21.604 novos) e 110.847 nos primeiros nove meses de 2017 (93.525 existentes e 17.332 novos)

Fará então sentido esta campanha da ERA? João Pedro Pereira diz que se trata de um novo serviço “que vem reforçar o papel da ERA” na defesa dos “direitos dos consumidores, criando mais segurança na compra e venda de uma casa”. “Em caso de necessidade de reparações, o cliente solicita a intervenção de forma muito simples, por e-mail ou telefone. Este serviço é oferecido pela ERA e não representa qualquer custo para o cliente”, conta.

Sublinhando o facto deste produto – o Garantia ERA – ser “inovador no mercado português, porque dá garantia a casas usadas”, o responsável adianta que a campanha está a ter “uma grande aceitação”, quer a nível interno quer por parte dos clientes: “Desde o início do ano que temos recebido centenas de pedidos de informação sobre a Garantia ERA e isso mostra que de facto os consumidores estão interessados neste serviço”.

Faria sentido alterar a Lei? Para a APEMIP, não

Quando questionado sobre se faria sentido haver algum tipo de alteração na legislação para “proteger” as casas usadas, visto que são transacionados anualmente muito mais imóveis usados que novos, João Pedro Pereira responde de forma clara: “Não somos especialistas em legislação. Num mercado imobiliário dinâmico e competitivo cabe aos ‘players’ corrigir eventuais lacunas, lançando produtos inovadores que servem os interesses dos seus clientes, e é este o compromisso que a ERA está a fazer”.

Uma opinião, de resto, partilhada por Luís Lima, presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP). “Não considero que a Lei deva prever uma garantia para a transação de casas usadas. Os compradores poderão sim ativar um seguro, se considerarem que essa é a melhor opção a tomar e para se protegerem de eventuais sobressaltos. A campanha da ERA, que oferece este tipo de seguro aos seus compradores, faz parte da sua estratégia de marketing, que passa por dar uma maior segurança aos seus clientes”, explica.

"Não considero que a Lei deva prever uma garantia para a transação de casas usadas"
Luís Lima, presidente da APEMIP

Certo é que tudo indica que continuarão a ser transacionadas mais casas usadas. “Nos grandes centros urbanos, sendo difícil haver espaço para mais construção nova, a reabilitação urbana continuará a ser a tendência dos próximos anos. Fora dos centros urbanos é expectável que exista uma maior propensão à construção nova”, diz João Pedro Pereira. 

“Efetivamente tem-se vendido muito mais casas usadas que novas até porque, durante o período de crise que se viveu em Portugal, a construção praticamente estagnou, o que significa que o stock de ativos novos é muito reduzido”, conclui Luís Lima.

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1 Comentários:

ruijfonseca
31 Agosto 2018, 13:45

"Garantia ERA" de 400€ ou menos????? Basta ver as supostas "garantias" e os valores que cobre… Para quem compra uma casa de 100.000€ faz algum sentido isto? Mera estratégia de marketing… Por sinal muito fraco...

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