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Obriverca, construtora fundada pelo presidente do Benfica, perto do fim
Ricardo Gomez Angel/Unsplash

O Obriverca, que foi fundada em 1986 por Eduardo Rodrigues, Joaquim Marto (já falecido) e Luís Filipe Vieira, presidente do SL Benfica – deixou formalmente a empresa em 2001 –, chegou a ser uma das maiores construtoras do país, estando agora em processo de liquidação. É, de resto, uma das devedoras da Caixa Geral de Depósitos (CGD).

Segundo o Jornal de Negócios, em 2017, as dívidas da Obriverca ascendiam a 392,2 milhões de euros, sendo o banco estatal o segundo maior credor, com 60 milhões de euros (incluindo juros de mora) a receber, apenas atrás do Novo Banco (169,8 milhões de euros).

A dívida da ‘holding’ ao banco público respeitava a financiamentos a três das empresas do grupo: a Obriverca - Construções e Projetos (23,9 milhões de euros), a Jardins Braço de Prata (420 mil euros) e a Golf Praia da Marinha (35,7 milhões de euros).

Nesse mesmo ano, a CGD avançou com uma ação de execução, reclamando 416,6 mil euros referentes ao empreendimento Jardins Braço de Prata, em Lisboa. A Obriverca solicitou então um Plano Especial de Revitalização (PER), que acabou por não ser aprovado e que levou à liquidação da empresa.

Depois, em 2018, a Norfin, que havia assumido a gestão do fundo Lisfundo, antes a cargo da Fundimo, relativo aos Jardins Braço de Prata, vendeu o empreendimento à Vic Properties, que representava um investidor austríaco, por 150 milhões de euros. A operação foi sujeita a negociações com o administrador de insolvência da Obriverca e com os credores da empresa, conta a publicação, lembrando que o empreendimento em causa, o Prata Living Concept, conta com 28 apartamentos concluídos e cerca de 570 em construção.

Relativamente à Golf Praia da Marinha, que é detida na totalidade pela Obriverca - Construções e Projetos, solicitou também um PER em 2017, tendo sido decretada a sua insolvência em agosto de 2018. No final de janeiro deste ano, o administrador de insolvência da empresa solicitou o encerramento do processo de insolvência por insuficiência da massa insolvente, escreve o Jornal de Negócios.

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