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Imobiliário ajuda a engordar os cofres do Estado - Parpública lucra com bom momento do setor
Baía do Tejo

O negócio do imobiliário está também a ajudar a engordar os cofres do Estado. A Parpública, que é responsável pela gestão de "parte significativa do património imobiliário público", fechou o ano de 2018 com lucros de 70,4 milhões de euros, resultados para os quais ajudaram a melhoria da performance e das rentabilidades registadas na área imobiliária - sobretudo por via das participadas Estamo e Baía do Tejo.

"No ano em apreço, as empresas do Grupo AdP foram as que tiveram o contributo mais significativo para a formação do resultado consolidado, seguindo-se as empresas do segmento imobiliário, que mantêm a trajetória de melhoria, acompanhando as tendências do setor", explica a Parpública no relatório e contas de 2018 enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). 

Na área do imobiliário, o volume de negócios da Parpública atingiu assim um valor global de 100 milhões de euros, maioritariamente constituído pela contribuição das participadas Estamo e Baía do Tejo. "A diminuição face a 2017 foi de cerca de 9% estando sobretudo associada à atividade da Estamo, cujas vendas de imóveis caíram para cerca de metade do valor do ano transato, situação que foi, em parte, compensada pela venda em 2018 do terreno PIS III pertencente à Baía do Tejo", indica a holding de capitais públicos.

Contas vistas à lupa

A Estamo, em concreto, registou em 2018 um volume de negócios de 66 milhões de euros o que corresponde a uma redução de 19% em relação ao exercício anterior (81 milhões de euros), "variação essencialmente justificada pela redução das vendas devido à escassez de imóveis disponíveis para transação", segundo argumenta a Parpública, destacando que apesar da quebra do volume de negócios, verificou-se uma melhoria substancial dos resultados operacionais (+12% que no período anterior).

O valor da carteira de imóveis atingiu o montante de 889 milhões de euros, traduzindo um aumento de 21 milhões de euros em relação a 2017, em grande parte devido à aquisição do terreno da Avenida Alfredo Bensaúde, no valor de 28,94 milhões de euros, e às reversões de imparidades que ascenderam a 6,24 milhões de euros, sendo que, por outro lado verificaram-se vendas de imóveis no montante de 20,4 milhões de euros.

No caso da Baía do Tejo, a atividade principal permanece focada na promoção e cedência de espaços e instalações nos parques empresariais sitos no Barreiro, Seixal e Estarreja, sendo esta a principal fonte de receitas correntes da Sociedade atingindo o montante de 7,8 milhões de euros em 2018 (+7% em relação a 2017), essencialmente originadas no Parque Empresarial do Barreiro. 

"Ao contrário dos anos anteriores em que os resultados operacionais da Baía do Tejo se apresentavam relativamente modestos, em 2018 verificou-se um resultado operacional avultado na ordem dos 5,3 milhões de euros devido à referida venda do terreno PIS III e aos aumentos de justo valor (4,3 milhões de euros) – principalmente nos Parques Industriais do Barreiro e do Seixal – e em sentido contrário, a diminuir o resultado operacional, o aumento das provisões com passivos ambientais no valor de 3,82 milhões de euros", detalha a Parpública nas contas do ano passado.

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