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BCP prepara fim do Banco de Investimento Imobiliário por via de fusão
Miguel Maya quer acabar com banco criado por Jardim Gonçalves Noticias ao Minuto

Criado em 1993 no âmbito de uma parceria do BCP com o italiano Banca Intesa, o Banco de Investimento Imobiliário (BII) está sem atividade há vários anos. O objetivo do BCP, que desde 2005 detém o BII a 100%, é agora incorporar a instituição subsidiária, que se dedicava ao crédito hipotecário, por via de uma fusão - que consequentemente levará à sua extinção.

"O Banco Comercial Português, S.A. informa que se encontra em estudo a fusão do Banco de Investimento Imobiliário, S.A., uma subsidiária que detém a 100%, por incorporação no Banco Comercial Português, S.A., a concretizar até ao final de 2019", informa em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

O banco liderado por Miguel Maya acrescenta que "em devido tempo", informará "sobre eventuais desenvolvimentos relevantes decorrentes deste processo", sendo que o objetivo da operação em estudo é simplificar a estrutura do banco, já que o Banco de Investimento Imobiliário está sem desenvolver nova atividade há vários anos.

A atividade do banco, segundo indica o seu último relatório e contas disponível, relativo a 2017, consiste “na gestão da carteira de crédito à habitação e à promoção imobiliária constituída até finais do ano de 2006”. Todos os novos clientes passam agora para o BCP.

Foi em 2005 que o atual acionista ficou com 100% do BII, na sequência da saída do parceiro italiano, que tentou ficar com a totalidade do banco de crédito e o BCP não quis. 

Em 2017, o BII registou lucros de 25,5 milhões de euros, tendo um ativo total de 2,4 mil milhões de euros face a um passivo de 2,1 mil milhões, de acordo com o relatório e contas de 2017. Atendendo às contas do BCP do ano passado, esta entidade de crédito à habitação antigo pagou dividendos de 22,9 milhões à casa-mãe.

Nos últimos meses, e dentro da política de redução de custos que tem em cima da mesa, o BCP levou a cabo várias fusões deste tipo, como por exemplo com as sociedades imobiliárias Enerparcela e Sadamora, que foram integradas no banco em processos de recuperação de créditos.

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