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A construtora António da Silva Campos (ASC), que é liderada pelo presidente do Rio Ave Futebol Clube – com o mesmo nome – há mais de uma década e que construiu alguns supermercados Lidl em Portugal, aderiu ao Processo Especial de Revitalização (PER), com dívidas de 25,7 milhões de euros a 858 credores, mas viu o seu plano ser chumbado. O processo de divórcio de António da Silva Campos terá ajudado a afundar a empresa.

A lista de credores da ASC é liderada pelo Estado (CGD, Fisco e Segurança Social), que tem a haver 6,4 milhões, e pelo Novo Banco, que reclama mais de 5,8 milhões de euros, escreve o Jornal de Negócios. 

“Conjugado com a conjuntura difícil de mercado, nos últimos três anos a gestão da sociedade complicou-se com o processo de divórcio e partilhas entre o casal fundador da sociedade”, lê-se no plano de recuperação apresentado pela administração da empresa. Segundo o documento, António da Silva Campos também aparece como credor de 24.000 euros. Já a sua ex-mulher, Maria Manuela Rodrigues, reclama 15.000 euros.

Os credores chumbaram o plano de recuperação em maio de 2018, abrindo caminho para a insolvência da ASC. Os mais de 80 trabalhadores da empresa, que são credores de quase dois milhões de euros, foram rescindindo ou sendo despedidos, refere a publicação, salientando que este ano, e já em processo de insolvência, um segundo plano de recuperação foi rejeitado por mais de 70% dos votos dos credores. 

A ASC decidiu, no entanto, apresentar um novo plano de salvação. O processo transitou do Tribunal de Santo Tirso para o da Maia, tendo o juiz deixado para os credores a decisão de darem à ASC a oportunidade de apresentar um terceiro plano.

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