A DB Real Estate interpôs uma ação judicial contra os administradores da Silcoge, a promotora imobiliária do grupo SIL na qual é acionista minoritária, acusando-os de terem desviado fundos para uso próprio. E, agora, o Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa deu razão à DB Real Estate, decretando a destituição de Pedro Silveira, por “justa causa”, da administração da promotora imobiliária (de que é sócio maioritário).
Na queixa, a DB Real Estate – que tem 49,9% das ações da Silcoge – alega que foram “utilizados fundos sem qualquer justificação ou suporte documental” num total de 482,1 mil euros. E identificou ainda que a venda do Edifício Classique, em Lisboa, com uma mais-valia superior a 5 milhões de euros que nunca entrou nas contas da promotora imobiliária, escreve o Jornal Económico. Além disso, não foi documentada qualquer autorização do conselho de administração da Silcoge para avançar com a esta e outras transações imobiliárias.
Sobre este processo, o Tribunal Judicial de Lisboa concluiu que existem fundamentos para que os administradores da empresa suspendam funções. E alegou que Pedro Silveira revelou “grave violação dos deveres de gestão e lealdade, comprometendo os interesses da sociedade e dos demais acionistas”, cita o mesmo jornal que teve acesso à sentença. Esta decisão não terá efeito na administradora Marta Catemario di Cuadri, que já saiu do cargo.
Depois de tomada a decisão judicial, aguarda-se a destituição definitiva dos administradores e a nomeação de novos órgãos sociais da Silcoge. Mas o processo poderá não ficar por aqui. O empresário Pedro Silveira já admitiu discordar da sentença e interpôs um recurso para o Tribunal da Relação.
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