Transportes de Braga compram “terreno essencial” à expansão do metrobus

Tudo está a ser feito em Braga para a dar vida ao futuro metrobus, que vem modernizar e expandir a mobilidade da cidade. Recentemente, os Transportes Urbanos de Braga (TUB) fecharam a compra de um terreno por cerca de 825 mil euros, que consideram ser “essencial” para desenvolver o projeto do metrobus. Também já foi lançado um concurso público para a construção da linha vermelha do metrobus por 35 milhões de euros.

Em comunicado divulgado na sua página oficial, a autarquia bracarense revela que os “TUB formalizaram a aquisição de um terreno com 11.025 metros quadrados, localizado na Rua Dr. Felicíssimo de Campos, junto às atuais instalações da empresa, pelo valor de 825.200 euros”. Este imóvel esteve até agora afeto ao domínio privado do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP).

Para a Câmara de Braga, a compra deste terreno “revela-se essencial para a ampliação do Parque de Material e Oficinas da empresa municipal, no âmbito do projeto de implementação do sistema BRT (Bus Rapid Transit), financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR)”.

A conclusão da compra deste terreno parece não ter sido tarefa fácil. A autarquia revela na mesma publicação que a aquisição ocorreu depois de “um processo técnico e jurídico exigente, iniciado em maio de 2023”. A transação requereu, por exemplo, a avaliação do imóvel pela Estamo (gestora imobiliária do Estado), teve aprovação por parte do Ministro das Infraestruturas e Habitação e ainda autorização por parte do Secretário de Estado do Tesouro e das Finanças, que “reconheceu a urgência e o relevante interesse público da alienação”.

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Lançado concurso público para construir linha vermelha do metrobus

Outra novidade neste âmbito foi a abertura do concurso público para a construção da linha vermelha do metrobus em Braga, que vai ligar a estação de caminhos-de-ferro ao hospital, por 35 milhões de euros.  

A linha, cujo procedimento pré-contratual para conceção-construção foi lançado a 19 de maio, terá uma extensão de cerca de seis quilómetros e 12 estações em cada um dos sentidos da faixa de rodagem. Até junho de 2026, os autocarros já deverão estar a circular.

“A operação deste sistema, que funcionará como a espinha dorsal do sistema de transporte público do concelho, conta com 12 viaturas articuladas de 18 metros, com capacidade para cerca de 130 passageiros, e uma frequência de seis minutos a uma velocidade comercial estimada entre os 18 e os 19 quilómetros por hora”, acrescenta a TUB.

No terceiro ano de operação, estima-se que o sistema transporte mais de dois milhões de passageiros por ano, evitando a emissão de mais de 430 toneladas de CO2. “Este contributo ambiental traduz-se numa melhoria significativa da qualidade do ar, com efeitos diretos na saúde, qualidade de vida e bem-estar da população”, sublinha a TUB.

“O sistema de BRT de Braga representa um compromisso estratégico com a modernização da mobilidade urbana, visando a implementação de uma solução de transporte público eficiente e inovadora, com elevada fiabilidade e regularidade, tecnologicamente evoluída, sustentável e integrada na cidade de Braga, mas também de importância decisiva para toda a mobilidade da região onde se insere, constituindo um fator catalisador de desenvolvimento económico num espaço territorial onde circulam cerca de 900 mil habitantes” sustenta ainda a TUB.

*Com Lusa