
Entre janeiro e novembro foram ocupados 312.000 metros quadrados (m2) de escritórios em Lisboa e no Porto. Trata-se de uma atividade recorde e que supera em 75% os 178.000 m2 tomados no mesmo período do ano passado, nas duas regiões. Em causa estão os dados do Office Flashpoint da JLL.
Lisboa soma 259.200 m2 de ocupação até novembro, “um valor nunca visto neste mercado”, de acordo com a consultora. Foram concretizados 186 negócios com uma área média de cerca de 1.400 m2. A área ocupada reflete um crescimento de 88% face ao período homólogo, quando foram tomados 137.900 m2.
- Em 2022 e à data, o Parque das Nações foi a localização mais dinâmica, agregando 27% da ocupação anual e refletindo uma forte atividade de pré-arrendamento, numa zona onde estão localizados boa parte dos novos edifícios de escritórios em construção na cidade. As empresas de Serviços Financeiros foram as mais dinâmicas, com 35% da área ocupada no acumulado do ano.
No Porto, a ocupação anual até novembro ascende a 52.700 m2, perfazendo 61 operações numa área média de cerca de 900 m2 – trata-se de um crescimento de 31% face aos 40.300 m2 ocupados em igual período de 2021:
- Na região, há um equilíbrio entre as zonas alvo de maior procura, nomeadamente Matosinhos e o CBD-Baixa, com 35% e 33% do take-up anual, respetivamente. Já entre os setores de procura mais ativos, as TMT’s & Utilities são líderes destacados do mercado a Norte, gerando 51% da ocupação anual.
“Este ano foi surpreendente para os escritórios. Apesar de termos saído da situação pandémica, logo no início do ano, a conjuntura internacional alterou-se drasticamente com o conflito na Europa e as condições económicas também se agravaram. Isso levantou muitos receios, mas a verdade é que as empresas seguiram os seus planos de mudança de instalações, criaram-se empresas e continuaram a surgir novos ocupantes internacionais no nosso país”, comenta Sofia Tavares, Head of Office Leasing da JLL, citada em comunicado.
A responsável acrescenta que este ano beneficiou também do efeito do regresso ao escritório. “Muitas empresas só agora estabilizaram o seu modelo de trabalho pós-pandemia e adequaram o seu espaço de ocupação a essas novas realidades. Isso implicou também um fluxo importante de novas ocupações”, acrescenta.
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