Um quinto (20%) do stock de escritórios na Europa deve tornar-se flexível durante os próximos 10 anos, conclui a Savills.
Comentários: 0
Ocupação de escritórios em Lisboa
Photo by Jason Goodman on Unsplash

A moda dos escritórios flexíveis veio para ficar no pós-pandemia. Esta é uma das conclusões a retirar de um estudo realizado pela Savills, em conjunto com a Workthere, que estima que um quinto (20%) do stock de escritórios na Europa deve tornar-se flexível durante os próximos 10 anos. Lisboa é, de resto, uma das cidades em destaque, ocupando o 3º lugar da tabela de mercados mais ativos em termos de procura de ‘flex offices’.

Segundo a consultora, a procura de espaços de escritórios flexíveis na Europa atingiu 193.000 metros quadrados (m2) no primeiro semestre de 2022, em linha com os níveis registados nos anos completos de 2020 e 2021. 

“Amesterdão, Paris CBD e Lisboa têm sido os mercados mais ativos ao longo dos últimos 18 meses. A procura de escritórios considerados flexíveis representou 5% da ocupação global em todas as cidades europeias durante o primeiro semestre de 2022, contra 3% durante a pandemia, e mantém-se numa trajetória de recuperação gradual até aos 8-9% observados antes deste período pandémico”, refere a Savills em comunicado. 

Escritórios flexíveis em Lisboa
Savills

Citado na nota, Ed Bouterse, Head of Workthere Europe, refere que “a recuperação do segmento de espaços de escritórios flexíveis tem sido mais visível devido ao aumento dos níveis de ocupação”. “As taxas de ocupação voltaram aos níveis pré-pandémicos, registando um valor superior a 80% nos escritórios privados e mais de 65% em espaços partilhados”, acrescenta. 

Crescente procura por escritórios em Lisboa 

“(…) A incerteza económica irá impulsionar a procura de modelos de arrendamento mais flexíveis, assim como uma mudança em termos da qualidade de amenities, sendo que uma gama cada vez maior de modelos de trabalho irá apoiar uma maior procura por espaço designado como flexível. A par do aumento do custo e também do prazo de fit-out dos espaços, prevemos que a ocupação de escritórios flexíveis representará 5% da ocupação de escritórios europeus em 2023, 6% em 2024, e será responsável por 20% do stock de escritórios a longo prazo”, comenta Mike Barnes, Associate Director, Savills European Research.

Já Frederico Leitão de Sousa, Head of Corporate Solutions Savills Portugal, salienta que “entre 2021 e a primeira metade de 2022, os espaços flexíveis foram responsáveis por aproximadamente 8% do volume de absorção no mercado de Lisboa”. “A capital continua a ser um destino que tem sentido uma crescente procura por espaços flexíveis, essencialmente derivado por empresas internacionais que pretendem estabelecer-se no mercado em timings muito reduzidos, procurando espaços plug & play, mas também pela atração dos nómadas digitais”, conclui. 

Ver comentários (0) / Comentar

Para poder comentar deves entrar na tua conta