O mercado de escritórios está a dar sinais de recuperação no início do ano. Muito embora o teletrabalho se tenha massificado, há empresas que continuam a apostar as suas fichas no arrendamento de escritórios em Portugal, com destaque para a capital portuguesa. Isto porque foram ocupados 6.800 metros quadrados (m2) de escritórios em Lisboa em janeiro, grande parte concentrado em três operações de grandes espaços de trabalho. Esta área arrendada representa um crescimento de 73% face ao mesmo mês do ano passado.
Janeiro foi um mês de recuperação para o mercado de escritórios de Lisboa. Os dados do Office Flashpoint de janeiro da JLL revelam que foram concretizadas 12 operações na capital, ocupando 6.800 m2 de espaços de trabalho de forma imediata, representando, assim, um crescimento na ordem dos 73% face ao mês homólogo, explicam em comunicado enviado às redações. A zona prime CBD foi a mais dinâmica e as empresas de TMT’s & Utilities foram as mais ativas.
Mais de 70% desta área de escritórios arrendada na capital em janeiro de 2024 foi concentrada em três negócios que envolvem a tomada de áreas superiores a 1.000 m2. “No total, estas operações somam 4.800 m2, a maior das quais ascende a cerca de 2.400 m2, outra a 1.400 m2 e uma outra a 1.000 m2”, detalham.
"A melhoria das expectativas relativas à inflação e às taxas de juro faz-nos acreditar que a procura (...) voltará ao mercado mais ativamente", diz Sofia Tavares, Head of Office Leasing da JLL
“Embora o take-up de janeiro apresente um volume pouco robusto face aos registos mensais nos anos mais fortes do mercado, é indicador de uma retoma importante da atividade. Obviamente tem de ser visto à luz de um mês de arranque de ano, naturalmente menos forte, mas abre perspetivas positivas para 2024 não só pelo crescimento de 70% face ao ano passado, mas também pelo regresso das operações a envolver grandes áreas”, comenta Sofia Tavares, Head of Office Leasing da JLL, citada no documento.
Já no Porto, o mesmo não se observou. Foram ocupados 1.300 m2 de escritórios num total de 4 transações de arrendamento imediato, sendo este um volume 59% inferior ao registado no período homólogo. A zona da Boavista foi a preferida pelas empresas que arrendaram espaços de trabalho na Invicta. Também foram os negócios de TMT’s & Utilities que se mostraram mais dinâmicos.
Em 2024, o mercado de arrendamento de escritórios deverá recuperar ainda mais, acredita Sofia Tavares. E explica porquê: “A melhoria das expectativas relativas à inflação e às taxas de juro faz-nos acreditar que a procura que adiou as suas decisões devido à incerteza macroeconómica, voltará ao mercado mais ativamente. Além disso, começam a surgir também mais espaços adequados aos novos requisitos das empresas em termos de adaptação aos modelos de trabalho, sustentabilidade e modernidade. Isso vai também reativar procura que não estava a encontrar resposta para as suas necessidades”, conclui.
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