
a federação portuguesa da indústria da construção e obras públicas (fepicop) afirma que, em dezembro do ano passado, a carteira de encomendas atingiu um mínimo que "jamais se tinha verificado desde janeiro de 2000". de acordo com o diário económico, que se baseia no último inquérito mensal à actividade da fepicop, o facto de não haver encomendas que garantam níveis razoáveis de produção faz com que "postos de trabalho se vão extinguindo": em novembro de 2010, estavam inscritos nos centros de emprego 69.313 desempregados oriundos do sector da construção, cerca de 14% do total de desempregados inscritos
no que diz respeito à engenharia civil, os números são igualmente negativos tendo-se registado a maior queda dos últimos 10 anos no sector. enquanto no segmento residencial a avaliação do nível de actividade no trimestre terminado em dezembro era cerca de 8% abaixo da apurada no mesmo trimestre de 2009, e no segmento não residencial era menos 17.7%, na engenharia civil o decréscimo homólogo trimestral atingiu os 28.2%
a fepicop explicou esta quebra de actividade no segmento das obras de engenharia civil, "nunca antes verificada desde 2000", com a "implementação de uma série de medidas de austeridade, cujos principais efeitos se repercutiram na contracção de despesas de investimento público". em causa está a não adjudicação de empreitadas, medida de austeridade que foi aplicada na maioria dos organismos públicos. depois de um acréscimo do valor adjudicado em 2009 (12.3%), assistiu-se um decréscimo 38,9% em 2010
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