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inquilinos devem 172 milhões de euros em rendas

ter casa própria vai ser cada vez mais caro, escreve o jornal de negócios (jdn) na edição de hoje, aludindo às medidas previstas no acordo entre o governo e a "troika", que resultou num empréstimo a portugal de 78 mil milhões de euros. segundo o diário, ao corte nos benefícios fiscais para a habitação - os encargos com o pagamento do crédito sobre o imóvel vão deixar de poder ser deduzidos em sede de irs – junta-se a redução da isenção do imposto municipal sobre imóveis (imi) em 2012. ao mesmo tempo, o cenário de haver uma nova subida das taxas de juro por parte do banco central europeu (bce) é uma realidade quase certa

o jdn explica que, actualmente, é possível deduzir na declaração de irs o montante pago à banca no crédito à habitação, havendo um limite de 591 euros, que pode chegar a 975 euros para quem tem rendimentos mais baixos e com classificação energética máxima. um benefício que deixará de estar vigor a partir de 2012, mantendo-se em aberto a possibilidade de deduzir só a componente de juros, embora não por muito tempo. o acordo prevê uma "descontinuação faseada da dedução dos juros pagos no crédito à habitação”, isto para quem já adquiriu um imóvel. quem contrair um crédito à habitação a partir do próximo ano não poderá fazer qualquer dedução, de capital ou de juros

no que diz respeito à redução da isenção do imi, a mesma estará em vigor a partir de fevereiro de 2012, o que fará com que muitos proprietários tenham de começar a pagar e outros as vejam encurtadas. actualmente, os imóveis só eram avaliados no momento da construção ou sempre que eram transaccionados, mas a "troika" quer que seja feita a reavaliação das habitações, levando a um aumento do valor anual a suportar pelos proprietários, sendo que taxas variam consoante a autarquia

ao mesmo tempo, o valor do imposto municipal sobre transmissões onerosas de imóveis (imt), pago no acto da compra da habitação, vai baixar a partir de 2013

o jdn acrescenta que a somar a este pacote de medidas acordadas com a "troika", não se pode esquecer a quase certa subida dos juros por parte do bce, um agravamento que tornará ainda mais dispendioso ter casa própria, já que o aumento se vai reflectir na prestação mensal a pagar ao banco. os analistas prevêem que até ao final do ano a taxa suba dos actuais 1,25% para 1,75%  

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