Comentários: 1
projecto português “casas em movimento” apresentado em madrid

 

o projecto de manuel lopes é, no mínimo, ambicioso. a tirar um mestrado na faculdade de arquitectura da universidade do porto (faup), manuel lopes sonha com “o primeiro aldeamento vivo do mundo”, no qual várias casas de um bairro giram em sincronia como num campo de girassóis, de modo a recolher mais energia do que consomem. o seu projecto, “casas em movimento”, será apresentado na maior feira do mundo especializada em arquitectura sustentável, a solar decathlon, que se realiza em setembro em madrid, espanha

de acordo com o jornal sol, a maquete já está pronta e ilustra “o sistema mecânico que permite que a cobertura da casa, revestida a painéis fotovoltaicos, se comporte com um efeito de girassol”. o resultado está à vista e terá repercussões na factura da luz, já que é possível produzir “cerca de duas vezes e meia mais electricidade do que precisa”

manuel lopes, de 40 anos, adiantou que “os movimentos da casa surgiram como solução para obter uma maior produção de energia, sempre na perspectiva de conseguir um ganho térmico de forma a conseguir mais sombra durante o verão e permitindo que o sol incida mais na fachada durante o inverno”. na prática, os ganhos térmicos rondarão entre os 60 e os 80 por cento

o arquitecto sonha em projectar um destes aldeamentos vivos nas encostas do douro, até porque acredita que com a industrialização e comercialização o valor estimado para a construção do protótipo – entre 250 e 300 mil euros – possa descer até metade, para ser depois compensado pela produção energética

sublinhe-se que o projecto “casas em movimento” conta com o apoio do vencedor do prémio pritzker de 2011, eduardo souto de moura, que assegurou que tinha entre mãos um projecto “à souto de moura”

conhece melhor o projecto vendo o vídeo em cima, da sic notícias

Ver comentários (1) / Comentar

1 Comentários:

8 Maio 2012, 12:37

Bom projecto, só é pena que muito em breve seja obsoleto. A razão pelo qual o levou a fazer as casas de forma a que "gire" como girassol creio que seja para aproveitar ao máximo a exposição dos paines fotovoltaicos ao sol, visto terem de ter um angulo certo de incidencia da luz. A parte de obsoleto é mesmo isso, é que já foram identificados novos materiais e formas de fabrico (recentemente) que deixa de ser necessário ter os paineis fotovoltaicos num determinado grau para ter o grau de incidencia certa dos raios de sol, tirando proveito assim dos raios de sol seja de que angulo for, desde que haja sol.
Mas de novo, parabens, nada tira o mérito quanto à vertente climatérica dentro da casa, da exposição solar no verão e inverno (nem tira o mérito à solução para melhorar a eficiencia de aquisição energética, simplesmente é obsoleta e desnecessária, nesse aspecto, face às inovações que foram dadas a conhecer nas ultimas semanas, mas na altura em que desenhou esta solução certamente não era obsoleta) :)

Para poder comentar deves entrar na tua conta