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casa “u”, uma mansão sustentável com vista para o mar na ericeira (fotos)

chama-se casa “u” e está localizada na ericeira, distinguida como reserva natural de surf em 2011. trata-se de um imóvel sustentável projectado pelo arquitecto jorge graça costa para o tricampeão nacional de surf josé gregório e sua família – mulher e duas filhas – que foi galardoado com um prémio internacional: silver winner, na categoria “green applications”, nos gava awards 2012, que distingue criativos de todas as disciplinas com os mais inovadores conceitos de design que integrem o elemento água

“foi extremamente gratificante ver o meu trabalho mais uma vez reconhecido num pais como os eua e num concurso internacional” que teve a participação de projectos de “países como os eua, canadá, austrália, brasil e outros a nível mundial”, começa por dizer jorge graça costa ao idealista news, salientando que a casa “está a ser habitada desde 2010”. “o feedback tem sido extremamente positivo”, conta

o que é a casa “u”

construída no topo de uma colina, a casa “u” tem 300 m2 e está rodeada por uma densa mancha de árvores, tendo vista para a baía de são lourenço. “o interesse mútuo em sustentabilidade permitiu-nos desenvolver uma interessante peça de arquitectura, evitando utilizar meramente tecnologias verdes supérfluas”, lê-se no comunicado de imprensa enviado pelo arquitecto. “o projecto da casa surge da inevitabilidade de protecção dos ventos dominantes. o vento norte predominante no verão e o vento sul dominante no inverno carregando as tempestades do mar. a ideia central de projecto baseou-se na reinterpretação das antigas casas-pátio do mediterrâneo, criando um pátio sentado num platô abraçada por dois longos braços interligados por um terceiro corpo, nunca ignorando as vistas fabulosas para poente”, refere o documento

ainda tendo por base a nota, a casa “u” tem apenas um piso e “é constituída por três blocos interligados, configurando um ‘u’ formando no seu interior um pátio”. trata-se de um “edifício tipologicamente estruturado numa base tradicional em que os três corpos apresentam utilizações diferenciadas”. “a zona social situa-se no corpo sul, o corpo norte contém a zona privada, no corpo nascente está localizada a zona de apoio. a articulação dos corpos propostos resultou da intenção de criar um pátio interior como que formando um claustro com a piscina a poente, demarcado o limite do mesmo”, lê-se 

de acordo com jorge graça costa, “a arquitectura do edifício incorpora estratégias passivas de aquecimento e arrefecimento” que funcionam em “conjunto com soluções a nível de fontes de energias renováveis de modo a incorporar uma estratégia da utilização racional da energia”. para tal, recorreram-se a “estratégias bioclimáticas e a soluções passivas de aquecimento e arrefecimento”, tendo-se utilizado “a cortiça como material preferencial de isolamento”. “o sucesso do desenho da casa, a sua funcionalidade e sustentabilidade é aumentada pela sua habitabilidade, conforto extremo e uma economia considerável no consumo de água e energia”, explica o arquitecto no comunicado

um investimento compensador

quando questionado sobre a possibilidade de serem construídas mais casas “u” no país, o arquitecto deixa o cenário em aberto. “a arquitectura bioclimática consiste no desenho dos edifícios tendo em consideração as condições climáticas, logo o edifício deve ser projectado em diálogo com o clima, pelo que cada local tem a sua particularidade, não sendo possível transpor os projectos de um local para o outro”. ainda assim, o mentor do projecto lembra que há “certos conceitos a nível bioclimático aplicados” na casa “u” que podiam “funcionar noutros climas se devidamente estudados”

sobre os custos inerentes à construção de uma casa deste género, jorge graça costa revela, ao idealista news, que “a aplicação de princípios bioclimáticos em edifícios é um factor essencial para a redução do consumo energético e das emissões de carbono no sector dos edifícios”. “sabendo que um edifício bioclimático pode consumir dez vezes menos energia para aquecimento que um edifício convencional, este tipo de arquitectura revela-se uma boa opção para o aumento da eficiência energética dos edifícios. o custo adicional de um edifício bioclimático ronda os 3-5% para edifícios novos. um investimento inicial que será amortizado em poucos anos tendo em conta a vida útil do imóvel, pelo que os edifícios bioclimáticos são largamente compensadores”, explica

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