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Construção: CPCI defende regulação da nova lei dos alvarás

Reis campos, presidente da Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI), considera que a nova lei dos alvarás discutida e aprovada no Parlamento para recuperar o setor da construção, exige regulação e reciprocidade.

“Mais do que discutir alterações legais, o que nos preocupa é o bom funcionamento do mercado. Não é a possibilidade de haver uma maior ou menor concorrência, seja ela interna ou externa, que suscita a nossa apreensão. O que tem de ser ponderado é a adequação da Lei aos agentes económicos e ao mercado de uma forma geral e, sobretudo, há princípios que não podem ser ignorados”, refere o responsável, num artigo de opinião publicado no jornal Público. 

Segundo Reis Campos, um desses princípios é a reciprocidade. “É por demais evidente que o nosso país tem sido um dos melhores alunos na transposição das Diretivas Comunitárias. Conseguimos sempre ir mais longe do que aquilo que nos é formalmente exigido, sem que antes sejamos capazes de aferir da adequação da Lei às nossas empresas. (…) A Lei dos Alvarás não se pode converter em mais um problema para o setor. Por isso, a liberdade de acesso aos mercados comunitários tem de ser uma realidade, não só para as empresas de outros países, mas também para as empresas portuguesas que se queiram internacionalizar”, explica.  

O líder da CPCI lembra que “quaisquer alterações às regras relativas ao acesso e à permanência na atividade têm, necessariamente, de ser acompanhadas por uma verdadeira regulação do mercado, que passa, desde logo, pela criação de um novo regime de combate aos preços anormalmente baixos”. “É, no mínimo, incoerente reformular profundamente uma legislação que ao longo dos anos tem correspondido às necessidades de todos, sem que, antes, o Estado seja capaz de, não obstante a intenção já assumida, resolver um dos maiores constrangimentos que continua a afetar o mercado. Portugal precisa, a exemplo do que se passa na restante Europa e em linha com as próprias orientações comunitárias, de um tecido empresarial da construção e do imobiliário forte”, concluiu.

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