O presidente da Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI), Reis Campos, disse estar preocupado com o alcance das alterações que serão introduzidas no regime de acesso e permanência na atividade da construção, conhecido por lei dos alvarás - no âmbito da Diretiva Serviços -, que vai facilitar a entrada em Portugal de empresas estrangeiras.
Segundo o Jornal de Negócios, está em causa a eliminação de algumas exigências que se colocam a empresas de países da União Europeia que pretendam exercer a sua atividade no país, sobretudo no que diz respeito às empreitadas de obras particulares. Estas, ao contrário das obras públicas, só estão sujeitas à legislação interna de cada país. Para Reis Campos, estas exigências devem ser “equilibradas e assentes em princípios de reciprocidade”. “Há pressupostos que devem ser acautelados”, designadamente que evitem práticas de concorrência desleal, o que “o setor não aguentaria”, salientou.
As alterações em causa, que devem ser aprovadas no início de 2014, dão resposta ao entendimento de Bruxelas de que em Portugal o acesso à atividade é demasiado restritivo. Daí a CPCI defender, em nome do aumento da concorrência, a diminuição das exigências relacionadas com os alvarás. Para Reis Campos, “facilitar é perigosíssimo”, até porque está prevista a realização de obras portuárias, ferroviárias ou aeroportuárias. “Apesar de não serem muitas, serão internacionais e de grande montante”, explicou, frisando que a forma como se facilitará o acesso de empresas estrangeiras a esta atividade “pode pôr em causa o que resta do setor”.
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Concorrência nas obras Publicas os Contribuintes agradecem
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