Nuno Gomes: “No mercado nacional também é possível atingir resultados extraordinários”

Nuno Gomes vende casas como ninguém. Fez em fevereiro dez anos que começou a sua aventura na Remax. Um percurso feito sempre a subir, tendo já sido eleito o melhor vendedor imobiliário da Europa (em 2009 e 2010). Em entrevista ao idealista/news, o líder da NG Team by Nuno Gomes diz que a sua equipa teve, em 2014, “o melhor ano de sempre, com 21 milhões de euros em volume de negócios”. E optou por não apostar nos vistos gold, que considera ser “um campeonato à parte”.

Foi o melhor vendedor nacional durante cinco anos, mas não em 2013 e 2014. Porquê? 
Os meus dois colegas que ficaram à minha frente, em faturação (não em número de transações), dedicam-se exclusivamente ao mercado asiático, e trabalham sobretudo com o Programa Golden Visa, como é do conhecimento público. Excluindo essa situação particular (de dedicação exclusiva aos Golden Visa), continuo a ser o melhor vendedor a nível nacional, há quase uma década, realidade que se confirma pelo número de transações que realizámos em 2014, bastante superior ao número de transações conseguidas por esses colegas que também têm desenvolvido e bem um trabalho muito exaustivo no acompanhamento de clientes asiáticos. Este paralelismo também pode ser usado na mesma percetiva face ao meu mercado e ao dos meus colegas que fazem também um trabalho brilhante em número de transações em mercados menos valorizados. Por exemplo, o nosso melhor vendedor em número de transações em 2014 foi um colega de Felgueiras. Na rede que represento existem colegas que fazem um trabalho verdadeiramente extraordinário em localizações menos nobres que têm um valor médio de transação bem mais baixo daquele que eu opero. Para mim ser líder não é quem fatura mais, é quem presta os melhores exemplos na nossa indústria. Quem trabalha nesta área de negócio (vistos gold) pode, na minha opinião, não servir de exemplo para quem queira fazer carreira neste setor, não porque se esteja a fazer algo de errado, mas porque, na minha opinião, os vistos são uma tendência. 

"Para mim ser líder não é quem fatura mais, é quem presta os melhores exemplos na nossa indústria"

Mas chegou a fazer algum negócio com vistos gold?
Sirvo todos os clientes que me procuram pelos meus serviços. Se temos um escritório de advogados que nos presta assessoria jurídica sempre que necessitamos de ajudar um cliente estrangeiro que pretende adquirir imóveis para obtenção do visto gold? Naturalmente. Servimos todos os nossos clientes, sem exceção ou discriminação, com o mesmo grau de exigência que nos caracteriza e define, com a excelência de acompanhamento que nos distingue, independentemente da nacionalidade. Não “navegamos” em vazios legais ou em comissões que consideramos obscenas e que lesam os interesses dos clientes. Nós somos líderes pelas boas práticas, e sei que os meus clientes e colegas percebem perfeitamente o que digo.

O grande problema foram as comissões?
O problema não são apenas as comissões, mas sim o nível de serviço que deverá ser prestado aos clientes neste programa. O foco tem de estar no serviço e não apenas nas comissões. Nós temos um principio de ecologia que não se coaduna com este vazio legal. O projeto é bom, está bem pensado, creio que foi mal executado e não foi devidamente regulamentado. Obviamente tem de haver uma comissão que deve ser paga, para quem faz investimentos na captação de clientes internacionais, mas qual será a percentagem certa a cobrar? 10, 20, 30%? Quem define os limites?

Considera, então, que os vistos gold são um mercado muito sazonal? 
Sim, como referir anteriormente, considero que são uma tendência e tudo o que é uma tendência um dia acaba. É uma realidade à parte, é um negócio que pode durar quatro ou cinco anos e acabar, aliás neste momento já existem outros países que começam a ter uma oferta mais atrativa que a nossa. Por outro lado, é importante referir que no mercado nacional também é possível atingir resultados extraordinários.

Quais foram os resultados na NG Team by Nuno Gomes em 2014, face ao ano anterior?
Aumentámos cerca de 44%. Foi o melhor ano de sempre, com 21 milhões de euros em volume de negócios. Atingimos, mais uma vez, o Diamond Award, um prémio muito exclusivo. Resultados que só são possíveis porque somos uma equipa muito unida e coesa, altamente focada e disciplinada, e porque partilhamos valores inegociáveis. Não há negócios/comissões que comprem a nossa honra. Une-nos, sobretudo, uma fortíssima vontade de auto-superação e de entrega ao cliente que não tem precedentes. É por isso que somos diferentes. É por isso que, permita-me afirmá-lo sem reservas, somos os melhores.