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O processo de revisão do Plano Diretor Municipal (PDM) de Oeiras foi alvo de grande discussão (e contestação) parte dos munícipes na reunião da Assembleia Municipal, que decorreu segunda-feira (dia 29 de julho). Em causa está a construção de um empreendimento imobiliário no Vale do Jamor.

Segundo A Bola, a proposta de revisão do PDM, recentemente aprovada pelo executivo liderado por Paulo Vistas, do movimento Isaltino Oeiras Mais À Frente (IOMAF), viabiliza, entre outros pontos, a construção de um mega empreendimento imobiliário. O mesmo, designado Porto Cruz, prevê a construção de cinco torres, três delas com 19 andares, uma marina e uma piscina oceânica na margem direita da foz do rio Jamor, na Cruz Quebrada. Trata-se de uma zona considerada de “elevado risco de inundações urbanas e galgamentos oceânicos”.

O projeto foi, por tudo isto, muito criticado. Segundo os habitantes do concelho, o mesmo “põe em causa os poucos espaços naturais e semi-naturais ainda existentes” e “prejudica a qualidade de vida da população”, em nome da “exploração da imobiliária”.

Para Margarida Novo, porta-voz da Liga dos Amigos do Jamor, o novo PDM de Oeiras representa “um modelo assente no betão, alcatrão e falta de transparência, que fará com que zonas como o Complexo Desportivo do Jamor fiquem descaracterizadas, convertendo-se em solo urbano”.

Caso o processo de revisão do PDM não seja aprovado, este terá de ser novamente revisto, de acordo com a nova Lei de Bases do Solo. Se o documento for aprovado, os membros da Liga dos Amigos do Jamor prometem recorrer ao Ministério Público e ao Provedor de Justiça, escreve a publicação.

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