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Medina desvaloriza criticas e diz que obras na Segunda Circular vão mesmo avançar

O projeto de requalificação da Segunda Circular vai mesmo avançar, independentemente das vozes críticas que possam surgir, revelou Fernando Medina, presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML). “Tem havido críticas ao projeto, mas tem havido muito mais vozes em defesa do mesmo”, disse o autarca, em conferência de imprensa.

O responsável adiantou que “é essencial para a CML que o tema seja debatido” e que por isso mesmo o projeto está em consulta pública até 15 de janeiro. “Queremos receber contributos que ajudem a melhorar o projeto, mas este vai avançar”, contou.

Segundo Medina, o projeto da Segunda Circular – “a via com mais acidentes no país” – resolve três problemas: “O primeiro objetivo é melhorar a segurança e a fluidez do tráfego, o segundo é a redução da poluição e o terceiro é a redução do ruído”.

O autarca quer “tornar a Segunda Circular uma via de natureza urbana, o que não acontece atualmente”, e desmentiu que esteja prevista a eliminação de uma via ou a criação de uma ciclovia. “Queremos que sirva a melhoria da qualidade de vida da cidade, mas não vão circular pessoas nem haverá lojas ou parques infantis”, argumentou.

Recorde-se que a CML apresentou uma proposta no sentido de tornar a Segunda Circular numa via mais segura, incluindo, por exemplo, a redução da velocidade máxima de 80 para 60 quilómetros por hora e a colocação de árvores nas zonas laterais. As obras estão orçadas em 9,75 milhões de euros e as obras devem estar concluídas em 2017.

Ex-vereador de António Costa contra projeto

Uma das críticas ao projeto foi feita por Nunes da Silva, especialista em transportes e antigo vereador da CML, com o pelouro da Mobilidade entre 2009 a 2013, na presidência de António Costa. Segundo o responsável, que sábado se demitiu do cargo de deputado da Assembleia Municipal para onde foi eleito pelas listas do PS como independente do grupo Cidadãos por Lisboa, as propostas para a Segunda Circular vão trazer o caos ao trânsito em toda a cidade.

Considerando que o projeto é “surreal”, Nunes da Silva referiu, citado pela TSF, que se trata de uma grande operação “de cosmética” para chamar a atenção da comunicação social e esconder “as asneiras que se estão a fazer no resto da cidade”.

O responsável criticou o facto de ser retirada uma via em cada sentido para fazer um separador central verde com pistas cicláveis. Uma situação entretanto desmentida por Fernando Medina, conforme referido em cima.

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