A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) quer demolir o Edifício Transparente, no Porto, e outros 33 edifícios na orla costeira entre Caminha e Espinho, também no norte do país. O novo plano para este trecho da costa portuguesa determina ainda a retirada de centenas de habitações construídas nas dunas.
Segundo o Jornal de Notícias, o plano em causa prevê a demolição do Edifício Transparente, construído em frente ao mar, na Praia Internacional. Trata-se de um prédio que pertence à Câmara Municipal do Porto e que custou 7,5 milhões de euros, tendo sido construído durante a Capital Europeia da Cultura, em 2001, e projetado pelo arquitecto catalão Solà-Morales.
O imóvel – concessionado à empresa Hottrade até 2024 – é um dos 34 edifícios que integram a lista, sendo que a maioria são de restauração. As demolições abrangem também centenas de casas de 14 núcleos habitacionais, sete dos quais de origem piscatória.
O novo Plano da Orla Costeira Caminha-Espinho limita ou proíbe a construção de habitações em frente ao mar e prevê o recuo planeado de 14 aglomerados, dos quais 12 estão em “áreas críticas” em termos de exposição a fenómenos extremos e ao risco de erosão e de inundações, escreve a publicação.
Também em vias de derem demolidos estão, além do edifício Transparente, o miradouro nas Caxinas (Vila do Conde), a Esplanada do Carvalhido (Póvoa de Varzim), o restaurante Pizza Hut Foz e a discoteca Kasa da Praia (Porto).
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