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Joe Berardo “escapa” a penhora da CGD sobre apartamento de luxo
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E eis que há um novo capítulo da “saga” Joe Berardo. A Caixa Geral de Depósitos (CGD) tentou penhorar o apartamento de luxo na Av. Infante Santo, em Lisboa, onde o empresário madeirense vive, mas sofreu uma “rasteira”. O banco público tentou avançar com a penhora, mas constatou que o imóvel está, afinal, em nome da Atram - Sociedade Imobiliária. Localizada no 14º andar de um prédio na Av. Infante Santo, a casa vale atualmente 1,85 milhões de euros.

A Caixa está a identificar os bens de Berardo e das suas empresas que possam ser penhorados para recuperar os créditos em dívida. Depois de analisar os dados do imóvel, o banco do Estado percebeu que Berardo é o presidente do conselho de administração da Atram, mas que não é acionista direto da empresa dona da casa – ainda que usufrua da mesma -, segundo conta o Correio da Manhã (acesso pago)

O imóvel, que Berardo terá comprado à Indomil - Investimentos Dominiais, em abril de 1999, - esteve em nome do empresário até 2008, ano em que decidiu vendê-lo à Atram como "entrada para aumento de capital da sociedade", segundo a Conservatória do Registo Predial de Lisboa, citada pelo diário. 

Obras de arte também em risco de serem penhoradas

Já em abril deste ano, e depois de no início do ano ter falhado um acordo para a liquidação dos créditos, o CGD, BCP e Novo Banco decidiram juntar esforços para executar a dívida de 962 milhões de euros de Berardo.

São quatro os visados na ação de execução, segundo os dados que constam no portal Citius: o comendador José Berardo e suas empresas, a Metalgest, a Fundação José Berardo e ainda a Moagens Associadas.

O Jornal Económico conta, por outro lado, que através da ação executiva sumária que deu entrada no Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa os bancos querem reaver créditos, nomeadamente, através da execução de penhores dos títulos da Associação Coleção Berardo (ACB), proprietária das obras de arte que foram cedidas ao Estado.

Em causa estão garantias prestadas pelo empresário junto dos bancos de 75% dos títulos da dona da coleção de arte exposta no Centro Cultural de Belém (CCB), numa percentagem que acabou por chegar aos 100% após os primeiros reforços de cobertura de garantias quando Berardo voltou a falhar as suas obrigações.

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