Chama-se Young Urban Property (YUP) e é um empreendimento preparado para responder à “flexibilidade da vida” e destinado a um público urbano e jovem, diz Paul Henri Schelfhout, presidente do Conselho de Administração da Finangeste. São 20 apartamentos de tipologias T1 e T2 que podem ser adaptados consoante os desejos ou necessidades de quem neles vive. Trata-se de um edifício em Lisboa, junto ao Campo Mártires da Pátria, que se encontra devoluto e será convertido em habitação. Estará concluído em 2021.
Vamos por partes. O YUP vai nascer na Rua Padre Luís Aparício, nº3, um edifício – com cinco pisos acima do solo – de esquina em frente ao Hospital Miguel Bombarda que funcionou durante anos como escritórios. Será totalmente reabilitado após um investimento superior a sete milhões de euros e inferior a oito milhões, revela Paul Henri Schelfhout durante um econtro com jornalistas. Os 20 apartamentos terão entre 66 e 115 metros quadrados m2 e custam entre 330.000 e 750.000 euros e a comercialização dos imóveis está a cargo da Porta da Frente|Christie’s.
O que distingue o YUP de outros empreendimentos que estão a ser construídos na capital? A primeira grande diferença é o facto de ser um edifício modular, ou seja, será possível alterar a disposição das divisões da casa: um T1 ajustado a T0 e um T2 a T1, por exemplo.
“As tradicionais paredes podem parecer tão permanentes e imutáveis, quando habitamos num mundo em constante mudança. A incrível vantagem de viver no edifício YUP é poder desfrutar de uma casa que todos os dias se adapta às suas necessidades: aproveite amplos espaços para eventos com a família e amigos ou feche algumas divisões para mais privacidade através de painéis de madeira deslizante”, lê-se na brochura do empreendimento.
Para Eduardo Capinha Lopes, arquiteto responsável pelo projeto, trata-se sem dúvida de “um projeto diferente”. “Há projetos fantásticos a surgir em Portugal, mas têm todos o mesmo registo. São projetos ‘bem-comportados’. [Neste projeto] é possível brincar com o espaço. Num dia o proprietário pode ter um T1 e no dia seguinte, conforme a sua necessidade, pode transformá-lo num T2 ou num T0”, explica.
Já Paul Henri Schelfhout destaca o facto do YUP ser uma aposta virada para as novas tendências de mercado, onde a tecnologia anda de mãos dadas com a flexibilidade e mobilidade das pessoas. “Lisboa está a mudar e isso reflete-se na arquitetura. Este produto há três anos não tinha onde dar, tudo muda com a mobilidade”, sublinha, deixando no ar a possibilidade de vir a haver um YUP 2, 3 ou 4.
Quando questionado sobre se se trata de um produto direcionado para portugueses, o presidente do Conselho de Administração da Finangeste diz que “há muita procura” nacional para este tipo de imóveis e segmento, o que não significa, claro, que haja investidores estrangeitos interessados.
Espaços comuns com lavandaria e ginásio
Os futuros proprietários terão ainda à disposição, além da tecnologia integrada, “uma panóplia de valências disponíveis”, nomeadamente uma lavandaria, um ginásio e uma zona de refeições variada, no piso inferior.
“Cada unidade do YUP estará devidamente equipada e integrada com várias aplicações tecnológicas, de onde poderá gerir uma série de funcionalidades da casa. Perfeitamente adaptada ao lifestyle moderno e vanguardista de cada residente, terá a sua casa na ponta dos dedos e acessível onde quer que esteja”, lê-se no documento de apresentação do projeto.
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