Portugal e os restantes países da União Europeia não têm andado “de mãos dadas” em termos imobiliários. Pelo menos nos últimos 12 anos. Passamos a explicar: entre 2007 e o terceiro trimestre de 2019, os preços das casas aumentaram cerca de 40% em Portugal e as rendas dispararam quase 30% enquanto na UE sucedeu o contrário, ou seja, a subida é maior no caso do arrendamento – 21% contra 19,1% no preço da habitação.
Os dados em causa foram revelados recentemente pelo Eurostat, num estudo que aborda a evolução do mercado imobiliário residencial no contexto europeu nos últimos 12 anos. Abrange, por isso, o recente período económico mais complicado a nível nacional, a chegada (e saída) da Troika.
Segundo o gabinete estatístico europeu, se na Europa o preço das rendas subiu mais que o da compra de casa, em Portugal assistiu-se ao contrário.
“Os preços das casas e das rendas na UE têm seguido diferentes caminhos desde a crise financeira. Enquanto as rendas aumentaram de forma sustentada desde o período da crise até ao terceiro trimestre 2019, os preços das casas flutuaram de forma significativa”, conclui o Eurostat.
Relativamente ao preço dos imóveis, os maiores aumentos verificaram-se na Áustria (85,5%), Luxemburgo (80,6%) e Suécia (80,3%). Em sentido inverso encontram-se Grécia, Roménia e Irlanda, países onde comprar casa ficou 40%, 27,2% e 16,7%, mais barato, respetivamente.
Já o valor de renda pago pelos inquilinos aos senhorios disparou sobretudo na Lituânia (101,1%), República Checa (78,6%) e Hungria (67,8%). Onde é que arrendar casa ficou mais barato? Apenas na Grécia e Chipre, com a mensalidada a cair 17,5% e 0,3%, respetivamente.
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