A tendência "The Age of Nesting" estará em pleno andamento dentro de uma década: pessoas vão focar-se mais no interior das casas, na higiene, funcionalidades e bem-estar.
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As casas do futuro vão ser multifunções, no campo e “à prova” de pandemia
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A casa é, desde sempre, um espaço fundamental. Mas a pandemia veio reforçar esta importância: passou a ser, para muitos, não só o lugar da vida em família, mas a escola, o escritório, o ginásio e até um espaço de convívio. Trouxe, também, preocupações acrescidas com as necessidades de distanciamento, higiene, bem-estar e imunidade. E como serão, afinal, as habitações do futuro? Multifunções, no campo, e “à prova” de pandemia.

Esta é, pelo menos, uma ideia vincada no relatório “The Age of Nesting” divulgado pela Beko, em parceria com o The Future Laboratory, que explora os impactos da Covid-19 na habitação a longo prazo. Segundo a Beko, as casas vão mesmo mudar nos próximos anos e focar-se numa nova mentalidade, mais local e focada no mundo interior (aquele que vivemos dentro de quatro paredes), isto é, no “ninho” (em inglês, “nest”).

“A mudança para o teletrabalho, o´boom’ no entretenimento em casa e o bem-estar doméstico são apenas três das tendências emergentes que se tornaram realidade da noite para o dia nos últimos meses. Em 2030, The Age of Nesting estará em pleno andamento. O legado do confinamento, combinado com a mudança nas formas de comportamento mudará totalmente o espaço onde vivemos, como vivemos e as próprias casas”, lê-se no comunicado.

O relatório destaca as três principais tendências:

  • Revolução Urbana: Um maior enfoque na saúde, higiene e recuperação levará a um êxodo urbano que trará vida de volta aos subúrbios, áreas urbanas circundantes e áreas rurais; ao mesmo tempo, proporcionará às cidades a oportunidade de se concentrarem mais no ser humano. Os jovens, até agora atraídos pelo mundo urbano, vão descobrir que as rendas altas, os salários relativamente baixos e o impacto da vida na cidade têm um efeito prejudicial na saúde. As gerações Z e millenial, diz a Beko, vão procurar cada vez mais áreas rurais e adjacentes à cidade para melhorar a qualidade de vida.
  • Casas multifunções: a casa vai-se adaptar para tornar-se num "espaço misto", capaz de incorporar de forma fluída diferentes funções: trabalho, descanso, recuperação e lazer. Seja em megacidades ou centros urbanos, a confiança dos “Generation Nesters” (como a Beko os designa) numa casa colocará o uso do espaço e a funcionalidade em primeiro lugar.
  • “À prova” de pandemia: a preocupação coletiva dos consumidores com a higiene, bem-estar e imunidade persistirá e moldará a geração mais jovem, que perceberá a casa do futuro como um espaço “à prova” de pandemia e inovações hiper-higiénicas e super-sustentáveis. “As inovações domésticas estão a ser projetadas para reduzir a exposição a vírus e poluentes e maximizar a higiene pessoal”, refere o estudo.
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