Projeto de Renda Acessível da Câmara de Lisboa para Marvila prevê a construção de, pelo menos, 363 fogos a preços acessíveis. As restantes serão de preço livre.
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Marvila vai renascer com 500 casas novas, intervenção no espaço público e um parque urbano
CML
Lusa

O projeto de Renda Acessível da Câmara de Lisboa para a freguesia de Marvila prevê a construção de, pelo menos, 363 casas com preços acessíveis, o reperfilamento de arruamentos, áreas verdes, serviços e a integração das hortas já existentes. O município da capital estima, segundo pode ler-se no seu 'site', um investimento privado de 59 milhões de euros.

Os vários projetos previstos para aquela freguesia foram apresentados esta segunda-feira, dia 19 de abril de 2021, na conferência "Habitar Marvila" pelos arquitetos responsáveis, numa sessão que contou também com a presença do presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina (PS), da vereadora da Habitação, Paula Marques, e do Bastonário da Ordem dos Arquitetos, Gonçalo Byrne.

A arquiteta da empresa municipal Lisboa Ocidental SRU (Sociedade de Reabilitação Urbana) Susana Rato começou por defender que Marvila necessita de "um novo pulmão verde com uma intensidade arborizada" que aproxime "os múltiplos bairros isolados em si mesmo" e "reduzindo estigmas negativos" associados à zona.

Falando no âmbito do Plano de Pormenor do Parque Hospitalar Oriental, Susana Rato disse que está prevista a construção de 1.500 fogos, o novo hospital, novas áreas verdes, assim como alterações no sistema viário, designadamente na Av. Santo Condestável, e relocalização da Feira do Relógio.

O novo plano visto à lupa

Já sobre os projetos específicos que foram apresentados, a arquiteta precisou que serão construídos cerca de 560 fogos, numa operação que envolve os bairros da GNR, da Flamenga e dos Alfinetes.

As ruas Avelino Teixeira da Mota e Pardal Monteiro, que têm cerca de 15 metros de largura, passarão a ter sete metros, com a supressão de uma das vias para integração da rede ciclável naquela zona, referiu.

Segundo um comunicado da Câmara de Lisboa, "a maioria dos edifícios tem área comercial integrada e com ligação ao exterior, dois pisos de estacionamento subterrâneo, sala multiusos, lavandaria, parqueamento coberto para bicicletas e logradouro".

As intervenções incluem também "a requalificação das áreas verdes envolventes aos bairros, redesenhando percursos, pedonais e de mobilidade suave, de ligação com o território e a integração das hortas existentes", destaca a mesma nota.

De acordo com as informações disponíveis no 'site' da autarquia lisboeta, é estimada a construção de 363 fogos destinados ao Programa de Renda Acessível e 194 habitações a preço livre, numa área total de construção de 55.276 metros quadrados. A área total de intervenção é de 75.171 metros quadrados, sendo que 91% do projeto é dedicado a habitação, 4% será para comércio e equipamentos e 5% para serviços.

"No âmbito do Programa Renda Acessível, prevê-se a construção de edifícios com o uso maioritariamente habitacional, integrando o pequeno comércio e uma área de serviços, estando a 15 minutos a pé de Braço de Prata, com projetos de regeneração urbana em curso, incluindo o futuro jardim público naquela frente ribeirinha", salienta a autarquia na descrição do projeto.

O município estima, segundo pode ler-se no seu 'site', um investimento privado de 59 milhões de euros.

Na sessão foi ainda apresentado o projeto para a construção do Parque Urbano da Quinta do Marquês de Abrantes. O lançamento do concurso público para a realização desta operação de renda acessível foi aprovado pela Câmara de Lisboa em dezembro de 2018.

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