Lisboa também está na mira do grupo. Chegar à capital será um dos próximos passos, sendo “a zona à volta do El Corte Inglés” o alvo.
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Israelitas com 250 milhões para investir em projetos imobiliários no Porto
Photo by Alp Ancel on Unsplash

O mercado imobiliário em Portugal continua a movimentar milhões, apesar da pandemia. O grupo israelita Taga-Urbanic, por exemplo, chegou a Portugal em 2018 para investir em novas oportunidades e, ao todo, entre Porto e Gaia, já tem um portefólio de 15 projetos, nove dos quais em construção, e 1.100 apartamentos em carteira. O grupo revela que o objetivo é continuar a crescer, adiantando ter 250 milhões para investir na Invicta em dois anos.

O maior projeto do grupo até ao momento fica localizado junto ao Parque da Lavandeira, em Oliveira do Douro, Gaia. Orçado em 16 milhões de euros, o empreendimento tem 200 apartamentos, metade dos quais foram vendidos nas primeiras semanas de comercialização, segundo revela Asaf Baumer, diretor de operações do grupo em Portugal, numa entrevista ao Expresso.  

A conversão do edifício Fernandes Tomás 352, comprado ao grupo Ageas por 11 milhões, localizado no centro do Porto, em habitação, por exemplo, pretende dar resposta à população local e colmatar a falta de oferta residencial.

“Parece que tudo o que tem sido feito nos últimos anos no centro do Porto são microapartamentos para serviços turísticos e todos os potenciais bons apartamentos foram transformados nesta lógica. Eu, um estrangeiro recém-chegado à cidade, queria muito viver na baixa do Porto, mas não encontrei uma casa para morar. Só havia oferta Airbnb. Verificámos que aluguer de longo prazo, na zona, é praticamente impossível e isso não faz sentido”, explica o responsável do grupo israelita.

Lisboa, de resto, também está na mira do grupo. Chegar à capital será um dos próximos passos, sendo “a zona à volta do El Corte Inglés” o alvo.

 Foco no imobiliário, mas há outros negócios à vista

O responsável revela ainda que, na sua agenda de trabalhos, tem também a missão de “procurar soluções financeiras que ainda não existem em Portugal, mas já estão disponíveis noutros países (do tipo FHA — Federal Housing Administration), para financiar arrendamento de longo prazo, para mantermos as propriedades durante 20 anos ou mais arrendando-as”.

Além disso, e apesar do foco do grupo ser o imobiliário, a intenção é também aproveitar outras “competências técnicas e artesanais únicas” em artes como a carpintaria, o azulejo ou a tapeçaria “para potenciar sinergias em negócios complementares ao imobiliário à escala internacional”.

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