Arrendar um apartamento T1 em Lisboa custou 1.240 euros por mês na reta final de 2021. Mas em Paris custou mais: 1.964 euros.
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Arrenda casa na Europa
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Arrendar um pequeno apartamento na Europa pode revelar-se um verdadeiro desafio. Os preços das rendas praticados não param de subir em várias cidades europeias – em algumas mais de 10% - e estão a atingir valores que nem todas as famílias conseguem pagar. Em Lisboa, arrendar um apartamento T1 mobilado custou, em média, 1.240 euros por mês entre outubro e dezembro de 2021. E este valor revela uma subida na ordem dos 10,59% face ao mesmo período de 2020 e de 0,53% face ao trimestre anterior. Mas em Paris custou muito mais: 1.964 euros por mês. E em Berlim, os valores das rendas deram o salto de 40% em apenas um ano.

Esta análise aos preços do arrendamento em 22 cidades europeias é estudada através do HousingAnywhere International Rent Index, publicado a 10 de janeiro de 2022. E salta à vista, desde logo, que foi na capital francesa, Paris, onde se pagou mais para arrendar uma pequena casa (1.964 euros/mês) na reta final do ano. Londres, no Reino Unido, aparece em segundo (1.850 euros/mês) e Amsterdão, nos Países Baixos, em terceiro (1.641 euros/mês).

No fundo da tabela está a cidade de Turim, em Itália, onde é possível arrendar um apartamento por 846 euros por mês, acompanhado de Valencia (Espanha), onde as rendas se situam nos 856 euros mensais.

E onde é que os preços das casas para arrendar mais subiram? Nesta análise é Berlim, a capital da Alemanha, que aparece em primeiro lugar. Os preços das pequenas casas para arrendar subiram, em concreto, 39,47% entre o quarto trimestre de 2021 e o mesmo período do ano anterior. E na reta final do ano arrendar um apartamento T1 mobilado custou, em média, 1.393 euros por mês. A seguir aparece outra cidade alemã, Hamburgo, onde os valores das rendas deram um salto homólogo de 21,3% para 1.273 euros por mês. Para conhecer o terceiro lugar, temos de viajar até à capital da Islândia, Reiquiavique, onde as rendas subiram 20,43% para 1.321 euros entre esses dois momentos.

A verdade é que 11 das 22 cidades europeias viram os preços dos apartamentos para arrendar subir a dois dígitos. E Lisboa foi a 11ª cidade onde os preços mais subiram entre estes dois momentos (+10.59%). Seja em maior ou menos escala, os dados mostram que as rendas dos apartamentos T1 cresceram em quase todas as cidades analisadas à exceção de uma: Munique, na Alemanha, onde as rendas desceram 11,11% nos últimos três meses do ano em relação à renda média praticada entre outubro e dezembro de 2020.

Rendas altas nas cidades europeias
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“As cidades estão a competir por talentos, enquanto os talentos estão a competir por casas”, disse Djordy Seelmann, CEO da HousingAnywhere. “Isso exige que as partes interessadas, como os municípios, universidades, promotores imobiliários e fornecedores de tecnologia, trabalhem juntos para encontrar soluções de curto e longo prazo para a crise habitacional que está incomodar a Europa. Devemos priorizar a cocriação e a cooperação, porque os talentos globais estão a adiar ou até a cancelar os seus planos educação e carreiras internacionais, porque não conseguem encontrar uma casa adequada”, sublinha ainda.

É a partir de mais de 124 mil imóveis registados na HousingAnywhere que este índice é calculado e faz análise para três tipologias de alojamentos – apartamentos T1, quartos privados e estúdios. A conclusão para todos eles é só uma: “os dados do quarto trimestre de 2021 mostram uma tendência continua de crescimento das rendas para todos os tipos de alojamento”.

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