Renda mediana aumentou em praticamente todo o país entre julho e setembro de 2021, mostram os dados do INE.
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Arrendar casa está mais caro
Foto de Gustavo Fring en Pexels

Os preços das casas para arrendar estão a subir. Os dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE) mostram que a renda mediana de novos contratos de arrendamento cresceu 7,4% no terceiro trimestre de 2021 face ao período homólogo para 6,08 euros por metro quadrado (euros/m2). E este crescimento foi notado um pouco por todo o país. Isto porque a renda mediana das casas aumentou em 22 das 25 sub-regiões e em 23 dos 24 municípios com mais de 100 mil habitantes.

Contabilizaram-se entre julho e setembro de 2021 um total de 22.305 novos contratos de arrendamento em Portugal (menos 4,2% que no trimestre homólogo). E verificou-se que a renda mediana destes novos contratos voltou a subir (+7,4%). “Este crescimento situa-se assim claramente acima da taxa de variação homóloga observada no primeiro trimestre de 2021, +5,3%, período também afetado pelo contexto pandémico, mas inferior à taxa verificada no segundo trimestre 2021: +11,5%”, mostram os dados provisórios publicados pelo INE esta quarta-feira, dia 22 de dezembro de 2021.

Renda mediana está a subir
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Qual a evolução das rendas por sub-região?

Arrendar casa está mais caro um pouco por todo o país, até porque renda das casas registou um aumento homólogo em 22 das 25 sub-regiões. E onde é que mais subiu? O boletim do INE destaca que os “maiores crescimentos” das rendas medianas foram registados na sub-região Alentejo Litoral (+16,6%), Beiras e Serra da Estrela (+16,4%) e Beira Baixa (+10,1%).

A sub-região Terras de Trás-os-Montes foi a única a registar uma variação negativa (-6,7%) e apresentou também o menor valor da renda mediana em novos contratos de arrendamento 2,64 euros por m2). O Baixo Alentejo e o Cávado não registaram qualquer variação.

As rendas mais elevadas em território nacional foram observadas na Área Metropolitana de Lisboa (9,04 euros/m2), Algarve (6,78 euros/m2), Área Metropolitana do Porto (6,65 euros/m2) e Região Autónoma da Madeira (6,28 euros/m2).

Em que concelhos é que as rendas mais subiram? E desceram?

Olhando para os 24 municípios com mais de 100 mil habitantes, salta à vista que no terceiro trimestre de 2021 a renda das casas registou um aumento homólogo em 23 concelhos (+6 que no trimestre anterior).

Os maiores crescimentos foram observados nos concelhos de Vila Nova de Famalicão (+19%), Seixal (+11,6%), Vila Nova de Gaia (+10,7%) e Setúbal (+7,7%). Segundo o INE, “Famalicão registou, em simultâneo, a maior taxa de variação homóloga da renda mediana por m2 e o maior crescimento homólogo do número de novos contratos de arrendamento (+20,4%)”. Por outro lado, Barcelos foi o único município com mais de 100 mil habitantes que registou uma taxa de variação homóloga negativa da renda mediana por m2 (-9,2%).

O mesmo boletim sublinha também que o Porto (+3,7%), Oeiras (+1,5%) e Lisboa (+0,1%) apresentaram taxas de variação homóloga da renda mediana positivas pela primeira vez desde o segundo trimestre de 2020.

Arrendar casa continua a ser mais caro em Lisboa (11,44 euros/m2), seguido de Cascais (11,28 euros/m2), Oeiras (10.38 euros/m2) e o Porto (9,03 euros/m2). No fundo da tabela que reúne os concelhos com mais de 100 mil habitantes está Barcelos (3,66 euros/m2), acompanhado por Guimarães (3,95 euros/m2) e Santa Maria da Feira (4,36 euros/m2).

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