A organização considera que os impostos sobre transações, como o IMT, ameaçam a mobilidade residencial e laboral.
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A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) defende o reforço dos impostos anuais sobre os ativos imobiliários, de que é exemplo o Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), de modo a melhorar a eficácia, efetividade e equidade da tributação da habitação. Por outro lado, recomenda a implementação de políticas que permitam reduzir a dependência de impostos sobre as transações, nomeadamente o alívio do Imposto Municipal sobre Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT).

No relatório "Housing Taxation in OECD Countries", citado pelo Jornal Económico, a OCDE avisa que os impostos sobre transações, como o IMT, ameaçam a mobilidade residencial e laboral, e aconselha a sua redução, uma vez que os países têm um elevada dependência face a estas taxas. A OCDE considera que a redução ou eliminação dos impostos associados às vendas são fundamentais, ainda que estas mudanças devam ser feitas de forma gradual. Em alternativa, sugere, por exemplo, a imposição de taxas progressivas, mediante a avaliação das propriedades, o que poderia melhorar a equidade e reduzir as distorções.

Para a OCDE o IMI é uma das formas de tributação mais eficientes, mas alerta que em muitos países são usadas como base de cálculo avaliações desatualizadas dos imóveis, o que "reduz significativamente o potencial de receita", além de criar distorções entre os imóveis mais antigos e os imóveis mais recentes, tal como escreve o jornal. "Atualizar regularmente a avaliação das propriedades é uma das chaves para a eficiência, equidade e potencial de receita dos impostos recorrentes sobre o património imobiliário", diz.

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