As cores produzem efeitos psicológicos e fisiológicos no ser humano. E são peça-chave em qualquer projeto de design de interiores.
Comentários: 0
cores CIN
Liliana Leis Soares, Marketing Manager da CIN

Sentirmo-nos bem dentro de casa é fundamental para o nosso bem-estar. E por isso procuramos cuidar mais dos espaços, pensamos mais nas combinações que fazemos, nos elementos decorativos e respetivas cores que escolhemos para cada divisão, por exemplo. A verdade é que a pintura de uma casa vai muito além da simples escolha de uma cor. As cores permitem criar ambientes e sensações diferentes, sendo uma peça-chave na arquitetura e design de interiores. Para Liliana Leis Soares, Marketing Manager da CIN, têm um poder transformador, produzindo “efeitos psicológicos e fisiológicos” no ser humano.

As cores são elementos presentes na nossa vida de diversas formas e têm impacto direto na forma como nos sentimos e comportamos. Se as cores quentes transmitem uma sensação de calor, alegria e proximidade, as cores frias dão-nos uma sensação de tranquilidade e segurança. Há cores que incentivam a comunicação, estimulam o intelecto, e outras que têm um efeito relaxante. Podem, inclusive, influenciar o tamanho e formato de uma divisão, daí que a escolha da cor certa continue a ser determinante quer nos espaços interiores, quer exteriores.

Em entrevista ao idealista/news, a responsável da CIN lembra que, ao escolhermos uma tonalidade para as paredes de casa, “não estamos apenas a criar um estilo visual, mas também uma atmosfera, uma energia especial que pode e deve contribuir para nosso bem‑estar”. “Sempre foi assim, já na pré-história, os nossos antepassados tinham sensibilidade para estes temas e já decoravam as suas casas com pinturas rupestres”, salienta.

Para Liliana Leis Soares, a importância da cor na decoração reside sobretudo na sua capacidade de “modificar a perceção dos espaços (reforçar, reduzir, alargar, …), despertar os nossos sentidos (relaxar, dinamizar, concentrar, aquecer, refrescar, ...), e criar estilos (clássico, moderno, minimalista, …). A cor pode ainda funcionar como uma sinalética, um elemento visual forte e funcional, uma identidade (para orientar, identificar, marcar, delimitar, ...)”.

Numa previsão a longo prazo, segundo a especialista da CIN, caminhamos para o regresso da cor dentro da casa, “com um jogo de contrastes e uma procura de liberdade cromática nos interiores que iniciará a partir 2023 e culminará, de forma mais pronunciada, em 2024”.

Afinal, por que é que a escolha da cor é tão importante na decoração de uma casa? E para a saúde? E quais são as cores tendência do momento? Qual é a melhor forma de saber que escolhemos a cor ideal para um espaço? Nesta entrevista escrita para o idealista/news, Liliana Leis Soares responde a estas e outras questões, fazendo um balanço da atividade da marca nos últimos anos, em termos de inovação e produtos, refletindo ainda sobre os impactos da inflação e subida de preços no negócio.

paleta de cores
CIN

A CIN é líder ibérica no mercado de tintas e vernizes há mais de 25 anos. Que balanço fazem da atividade nestas últimas décadas? Como se distribui o vosso negócio entre profissionais e particulares?

Com mais de 100 anos de experiência no mercado de tintas e vernizes, a CIN é líder ibérica do sector desde 1995, e líder  em Portugal desde 1992. Desde sempre que os princípios da responsabilidade, ambição e inovação estão presentes na nossa empresa, e são eles que nos tem possibilitado manter a liderança neste sector.

O balanço das últimas décadas tem sido bastante positivo, apesar dos diferentes contextos que atravessámos ao longo do tempo. A título de exemplo, um dos anos mais desafiantes foi o de 2021, onde a situação de pandemia vivida gerou um enorme desafio para a marca, especialmente pelo impacto tremendo na indisponibilidade de matérias-primas. Porém, e mesmo com estes contratempos, a CIN atingiu resultados excelentes, com um volume de negócios total de 365 milhões de euros, um crescimento de 12% face a 2020.

Um dos anos mais desafiantes foi o de 2021, onde a situação de pandemia vivida gerou um enorme desafio para a marca, especialmente pelo impacto tremendo na indisponibilidade de matérias-primas.

O nosso negócio atua em 3 áreas principais: Decorativos, Indústria e Protecção Anti-corrosiva, com a área de Decorativos concebida quer para particulares (DIY) quer para profissionais e as restantes claramente desenvolvidas para o mercado B2B. Conseguimos, desta forma, ser uma marca global, com uma oferta diversificada e de alta qualidade de soluções para todo o tipo de superfícies, desde espaços comerciais, residenciais, pontes, túneis e até especialidades, como por exemplo, tintas para frascos de cosmética.

cores pintar a casa
Foto de Pavel Danilyuk no Pexels

Como é que as tintas evoluíram ao longo dos anos? Hoje em dia há uma grande gama de produtos: tintas laváveis, mais duradouras, térmicas, sustentáveis... surgem da procura do mercado? De novas necessidades?

O setor de tintas e vernizes é um setor de enorme relevância, não apenas pelo seu valor económico, mas, e cada vez mais, pela importância dos seus produtos para a melhoria da qualidade de vida das populações e pelo contributo positivo dos mesmos para o ciclo de vida dos materiais que revestem.

O mercado está em constante evolução o que exige, necessariamente, a adaptação na oferta da CIN. Estamos, atualmente, a sofrer uma evolução tecnológica e uma adaptação ecológica, o que trará vantagens competitivas e, para um setor resiliente como este, isso permite uma maior diversificação da oferta. Ou seja, o desenvolvimento de novos produtos, ou mesmo a reformulação são fruto da procura incessante da CIN face às novas necessidades e preocupações dos consumidores, sempre no sentido de nos mantermos actuais e relevantes.

O setor de tintas e vernizes é um setor de enorme relevância, não apenas pelo seu valor económico, mas, e cada vez mais, pela importância dos seus produtos para a melhoria da qualidade de vida

É necessário acompanhar as tendências de consumo e do mercado e o crescimento da CIN também passa pela exploração de novas geografias tendo sempre a I&D como fator de desenvolvimento da nossa competitividade nos diferentes segmentos de mercado onde actuamos. Por exemplo, em Portugal o setor da construção civil tem um peso muito grande, seja através da nova construção mas também da reabilitação urbana, este último com elevado grau de exigência do ponto de vista de soluções.

Daí a importância do investimento em centros de I&D e laboratórios? Qual é a principal estratégia em termos de inovação?

A aposta em inovação contínua é, talvez, o maior factor de sucesso da CIN. O grande investimento em I&D, seja em meios técnicos ou humanos, tem permitido à CIN introduzir no mercado produtos inovadores e de referência. São produtos novos e modificados que, além de satisfazerem necessidades latentes, antecipam-nas, e têm tido sempre um impacto significativo no volume de negócio porque estamos sempre atentos quer às necessidades do mercado (nacional e internacional), quer às tendências de consumo mas, sobretudo, quer a evolução tecnológica. Todos os anos desenvolvemos cerca de 100 projectos de I&D o que tão bem traduz esta aposta.

Com um investimento anual de 11 milhões de euros, a CIN tem centros e I&D e Laboratórios em cinco países (Portugal, Espanha, França, Angola e Moçambique), com um total de 190 técnicos especializados espalhados nos 9.500 m2 de área de análise, pesquisa e controlo. Os Centros de I&D da CIN são compostos por distintas áreas de competência que atuam de forma complementar, estando organizados em 4 áreas de competências fundamentais: estudo de produto, estudo de cor, análise da composição do produto e estudo do comportamento e envelhecimento dos produtos.

pintar a casa
Foto de Nataliya Vaitkevich no Pexels

Com uma política contínua de investigação, desenvolvimento e inovação, além desta aposta nos centros, a CIN promove a criação de relações de cooperação académica com várias universidades, que é também é um factor fundamental para assegurar o desenvolvimento da CIN enquanto marca empregadora, trazendo novas ideias, e promovendo qualidade e liderança ao nosso negócio.

Têm um vasto catálogo de produtos para interiores. Quais são os mais requisitados e as novidades? Paredes e tetos? Pintar madeiras? Metais? Azulejos e pavimentos... E ao nível de exteriores e pintura de fachadas?

As características das tintas e vernizes da CIN conferem aos produtos que integram, durabilidade, resistência, melhoria das condições ambientais, entre outras. Na CIN, temos uma gama completa de tintas e vernizes para todas as necessidades.

Para exterior, onde se deve privilegiar a durabilidade e alto desempenho das tintas, destacámos Cinoxano Mineral, uma tinta de base aquosa para fachadas que alia o aspeto mineral a uma elevada permeabilidade ao vapor de água e impermeabilidade e à água líquida. A tecnologia de Cinoxano Mineral permite que esta tinta seja especialmente recomendada para obras de reabilitação urbanas, onde os rebocos existentes (bastardos à base de cal) exigem a utilização de uma tinta com elevada permeabilidade ao vapor de água, para assegurar a evaporação da humidade existente no interior das paredes.

Outro exemplo de inovação é a tinta VinylClean — uma tinta mate super lavável para paredes interiores. A avançada fórmula de VinylClean incorpora partículas micronizadas, de última geração, que lhe conferem uma super lavabilidade nunca antes vista numa tinta mate. Estes são apenas dois exemplos de inovação comprovados pelo superior desempenho destes produtos e amplamente reconhecidos pelos profissionais e consumidores.

Têm também tintas para melhorar o isolamento térmico, impermeabilização... Ter uma casa mais sustentável já é uma preocupação para os clientes?

Comprometidos com o futuro do meio ambiente e com o bem-estar dos nossos Colaboradores, Clientes, Fornecedores e Comunidade, estamos cada vez mais empenhados em minimizar o impacto ambiental da nossa atividade e, simultaneamente, disponibilizar produtos mais eficientes, assegurando um futuro melhor. Aliado a isto, percebemos também que existe uma procura crescente por casas mais sustentáveis a todos os níveis, a começar claro, no isolamento térmico e na impermeabilização.

Um bom exemplo é Imperflex Coberturas com Tecnologia Thermocin da gama de impermeabilizantes da CIN. Esta tinta impermeabiliza as coberturas e, em paralelo, assegura uma redução da temperatura interior até -6ºC. Ganha-se em conforto e na redução do consumo energético do sistema de arrefecimento. O mesmo acontece com o sistema de isolamento térmico CIN-k que pode reduzir a factura energética até 30%.

cores tendência
CIN

Já se procuram soluções mais ecológicas?

A CIN tem preocupações ambientais e proteger o planeta faz parte dos nossos objectivos. O tema da sustentabilidade e da proteção do ambiente são parte integrante da cultura da CIN e, inclusivamente, parte integrante da missão da empresa. Mas, para se atingir um elevado nível de sustentabilidade é fundamental assegurar um correto compromisso entre o menor impacto ambiental do produto e a maior durabilidade do mesmo. As tintas e vernizes das CIN asseguram a melhor combinação entre essas duas vertentes e desde sempre que procuramos estar na vanguarda da inovação e das mais avançadas soluções tecnológicas colocando no mercado produtos eco-eficientes.

A maioria dos produtos que a CIN comercializa são de base aquosa, portanto, com baixo cheiro e baixo impacto ambiental. Além disso, praticamente todas as nossas tintas obtém a classificação máxima (A+) na qualidade do ar interior, significando que o teor de substâncias libertadas é inofensivo para a saúde de quem produz, aplica e mora nos espaços.

A maioria dos produtos que a CIN comercializa são de base aquosa, portanto, com baixo cheiro e baixo impacto ambiental

A CIN tem também adoptado várias medidas que visam a diminuição do impacto ambiental da sua actividade industrial. Há quase 20 anos, a marca obteve a certificação do sistema de Gestão Ambiental, que tem sido revista e periodicamente validada por uma entidade externa devidamente acreditada. Em 2015, investimos mais de 200 mil euros para converter a iluminação de vários edifícios para LED, reduzindo assim o consumo de energia em 80%. Em 2020, implementamos uma unidade de produção fotovoltaica no centro de distribuição da Maia que permite a redução de cerca de 95 toneladas de CO2 por ano, gerando uma autonomia de mais de 30% face ao consumo energia total desta instalação.

Conduzir o negócio com integridade, respeito pela lei e pelo ambiente é um compromisso que levamos muito a sério na CIN.

Lançaram no início deste ano aquela que dizem ser a melhor tinta da vossa história. Que tinta é esta? E como se distingue da concorrência?

Eu costumo dizer que “há tintas, e, depois, há a CIN Premium”. A tinta CIN Premium culmina a experiência, dedicação e inovação constante da CIN que volta a revolucionar o mercado com a introdução de um produto de excelência para paredes interiores. CIN Premium está disponível no novo Catálogo Antologia que apresenta uma selecção única de 126 novas e exclusivas cores que evidenciam a personalidade, a elegância e a modernidade da marca.

Na verdade, CIN Premium é o expoente máximo de uma tinta reunindo as melhores características de uma tinta para interior, garantindo um excelente acabamento e opacidade, ao mesmo tempo que oferece uma óptima resistência a polimentos e nódoas. Esta tinta está disponível nos acabamentos mate e acetinado, é 100% acrílica, garantindo uma extra-suavidade ao toque e uma profundidade de cor excepcional.

pintar a casa
CIN

E quais são as cores tendência do momento? E para 2023?

À medida que 2023 se aproxima, os tons cinzentos-claros e brancos acinzentados desaparecem aos poucos das casas. No atual contexto global económico, precisaremos claramente de luz e de alguma doçura nas casas. A cor regressará às casas de forma suave e teremos, numa primeira fase, a necessidade de cores naturais e claras. A cor Stucco E805 e Gardenia E831 da coleção Antologia serão certamente as representantes emblemáticas desta nova tendência. Também os tons cálidos, inspirados na terra, areia e terracota, trarão reconforto e segurança dentro de casa e serão de alguma forma, representativos de 2023.

No atual contexto global económico, precisaremos claramente de luz e de alguma doçura nas casas. A cor regressará às casas de forma suave e teremos, numa primeira fase, a necessidade de cores naturais e claras.

Os matizes de rosas suaves (como a cor Edla E861 e New Blush E690) e os verdes (como a cor Succulent Green E724, Sintra E909 ou ainda Acanthus E903) continuarão muito importantes nas tendências de cor para interiores em 2023. O rosa pelo seu lado emocional e o verde pela sua ligação a natureza.

Numa previsão a longo prazo, caminhamos para o regresso da cor dentro da casa, com um jogo de contrastes e uma procura de liberdade cromática nos interiores que iniciará a partir 2023 e culminará, de forma mais pronunciada, em 2024.

Por que é que a escolha da cor é tão importante na decoração de uma casa? E para a saúde?

De uma maneira geral, as cores produzem efeitos psicológicos e fisiológicos. Ao escolhermos uma tonalidade para as paredes de casa, não estamos apenas a criar um estilo visual, mas também uma atmosfera, uma energia especial que pode e deve contribuir para nosso bem‑estar. A verdade é que foi sempre assim, já na pré-história, os nossos antepassados tinham sensibilidade para estes temas e já decoravam as suas casas com pinturas rupestres.

Ao escolhermos uma tonalidade para as paredes de casa, não estamos apenas a criar um estilo visual, mas também uma atmosfera, uma energia especial

Ainda existem aspetos fundamentais para a escolha da cor que são relacionados com o poder transformador (da cor)  em “construir os espaços” e apoiar a “criação de um estilo de decoração” numa divisão. A importância da cor na decoração reside sobretudo na sua capacidade de modificar a perceção dos espaços (reforçar, reduzir, alargar, …), despertar os nossos sentidos (relaxar, dinamizar, concentrar, aquecer, refrescar, ...), e criar estilos (clássico, moderno, minimalista, …). A cor pode ainda funcionar como uma sinalética, um elemento visual forte e funcional, uma identidade (para orientar, identificar, marcar, delimitar, ...). A cor está presente nas coisas mais elementares da nossa vida.

pintar paredes
Foto de Maria Ovchinnikova no Pexels

Pode ser muito complicado imaginar as mais variadas combinações de cores nas divisões de um espaço. Têm algum tipo de ferramenta disponível que possa ajudar nesta tarefa?

A CIN disponibiliza gratuitamente a App CIN COLORiT, uma aplicação móvel que permite simular a pintura das paredes com os vários tons da marca, simplificando o processo de tomada de decisão. Para além disso, e numa lógica de criação de ecossistemas seamless, as cores favoritas para cada divisão e/ou projecto podem ser guardados na área de cliente, MyCIN, no recente website em cin.com/deco. Para procederem à compra destas cores, os clientes apenas necessitam de aceder ao site, fazer log in e aparecerão as suas escolhas.

Além desta ferramenta, a CIN tem outras muito úteis como por exemplo a Calculadora de quantidades CIN, que permite calcular os litros de tinta necessários daquele produto para o projeto em função dos m2 a pintar, descontando portas e janelas, o que evita o desperdício ou excesso de tinta.

psicologia das cores
CIN

Qual é a melhor forma de saber que escolhemos a cor ideal para um espaço?

A percepção da cor varia conforme os suportes onde é visualizada por isso, na CIN recomendamos sempre um teste de cor antes de qualquer aplicação e/ou decisão. Neste sentido, desenvolvemos ao longo dos anos, múltiplas ferramentas de cor que facilitam o, muitas vezes angustiante, processo de seleção de cor.

Uma delas é o TAKEiT, são cartões coloridos (8x10cm) que se podem levar para casa para experimentar o efeito da cor na parede a pintar. A outra, e sem dúvida a melhor solução, é o TESTiT, um  tester de cor pequeno de 250ml que permite testar a cor numa pequena área.  Este é, seguramente, o verdadeiro tira-teimas.

Que cores recomendariam para um quarto? Uma sala de estar? Uma cozinha? Uma casa de banho? E um terraço/jardim?

A nossa recomendação principal é que a melhor cor é sempre aquela que amamos e gostamos. Afinal, estamos a escolher a cor para o nosso espaço. No entanto, e para responder mais concretamente às questões, podemos dar algumas sugestões e aspetos a ter em consideração nessas decisões/escolhas.

  • Para os quartos, recomendamos tons mais suaves e médios, pois são cores propícias ao descanso e a um sono reparador. A cor Greige da colecção Color Revelation, um dos nossos best‑sellers, é uma óptima solução.
  • Para a sala de estar, depende sempre do estilo, dos móveis e dos materiais existentes no espaço, mas a nossa recomendação recai, sem dúvida, no nosso Branco Perfeito, um branco suave e intemporal, não é frio, nem demasiado amarelo, adaptando-se a qualquer estilo de decoração.
  • Na cozinha, a regra mais importante é seleccionar uma tinta lavável e resistente como o nosso esmalte Cinacryl. Depois, pode-se dar asas à imaginação, e usar qualquer cor, No entanto, sabemos que as nuances alaranjadas são acolhedoras, convidam à sociabilidade e é comum dizer que abrem o apetite e facilitam a digestão. Por isso, são sempre interessantes para considerar na decoração destes espaços. 
  • Casa de banho? Em Portugal, cultural e historicamente, utiliza-se muito o azulejo em toda as paredes, dando pouco espaço a tinta. No entanto, as tendências vão mudando, e cada vez mais casas de banho de hoje têm mais espaço para a pintura das paredes. Tradicionalmente recomendávamos os azuis porque remetiam para a representação da água e a sensação de frescura. Assumindo as tendências atuais, recomendamos neutros ou brancos a combinar com o tom da cerâmica/azulejo/pedra da casa de banho.
  • Para terraços e jardins, tudo depende da tipologia da casa (moderna, rustica, tradicional), dos materiais existentes (granito, calcário, deck, metais) e da localização da casa (cidade, campo, praia). A nossa melhor recomendação será sempre consultar o nosso catálogo de exteriores que conta com um total 165 cores adaptadas a todas as disposições arquitectónicas.
ideias de decoração
Créditos: © living4media

De que forma a subida da inflação e dos custos de energia e materiais está a impactar a vossa atividade? Tiveram já de refletir nos preços ao consumidor final? E em que ordem de grandeza?

Apesar de haver reflexos evidentes na fatura energética, a CIN não é um consumidor tão pesado de energia, como outras indústrias. O que nos tem afetado de forma mais clara é a gestão das matérias-primas, quer pela subida de preço, quer pela escassez. Na segunda metade do ano passado e no primeiro trimestre deste ano, os custos das resinas, solventes e aditivos subiram quase 40%. O cenário de escassez está praticamente ultrapassado, mas os preços continuam a subir o que tem, necessariamente, reflexo nos preços finais praticados.

Desde a pandemia há uma forte procura dos portugueses por produtos para reformar/decorar a casa. Como avaliam esta tendência de mercado? Também notaram este impulso na vossa atividade? E como perspetivam a evolução?

A pandemia veio definir tendências a longo prazo que são favoráveis ao nosso setor, como a importância da casa, quer a nível de decoração quer conforto. Criou-se uma vontade de “fazer”, de personalizar e acreditamos que será uma tendência para ficar, especialmente para uma nova geração que muito valoriza a vertente sustentável pela reutilização/renovação de materiais, como também pela questão monetária.

A pandemia veio definir tendências a longo prazo que são favoráveis ao nosso setor, como a importância da casa, quer a nível de decoração quer conforto.

A CIN, acompanhando de perto todas as necessidades e dinâmicas do setor, criou um canal de Youtube no qual explica os vários processos de pintura, desde a preparação do espaço, dos materiais, o esquema de pintura de diferentes tipos de superfície e até como remover papel de parede. Criámos também uma área de inspiração no site, com ideias originais e soluções práticas para renovar a casa em sintonia com as tendências mais atuais de cor e decoração.

Que desafios enfrenta hoje o setor da construção?

O setor da construção em Portugal iniciou a sua recuperação em 2017 e, após criadas as melhores expectativas para um crescimento sustentado do setor, 2020 trouxe consigo múltiplas restrições devido à pandemia que obrigou a mais uma mudança no setor. Este ano, e ainda a recuperar das alterações dos últimos tempos, iniciou-se a guerra na Ucrânia, que tem vindo a provocar quebras significativas na atividade económica e dificuldades na cadeia de abastecimento.

Posto isto, são vários os desafios que as empresas do setor têm agora pela frente, desde a falta de mão de obra, à subida de preços, passando pela adoção de práticas mais sustentáveis. Talvez este último seja o mais difícil de atingir, mas também será o que vai ter maior impacto na indústria.

Com mais de um século de experiência, estamos em crer que, apesar do cenário menos favorável, seremos capazes de ultrapassar o contexto atual com a serenidade necessária, apoiando os nossos colaboradores, fornecedores e parceiros de negócio entregando eficazmente as melhores soluções com a melhor equipa.

Ver comentários (0) / Comentar

Para poder comentar deves entrar na tua conta