No verão de 2022, foram assinados menos 1.133 contratos de arrendamento do que no período homólogo, diz INE.
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Arrendar casa em Portugal
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Em Portugal, arrendar casa continua a ser uma opção para milhares de família. Até porque é um regime mais flexível e menos burocrático do que o mercado de compra e venda, tornando-se, por isso, mais compatível com os novos modos de vida das famílias, marcados pela mobilidade e incerteza. Só entre janeiro e setembro de 2022 foram fechados 67.870 novos contratos de arrendamento no país, mais 6% do que em igual período de 2021 e mais 17% do que nos primeiros nove meses de 2020. Mas o Instituto Nacional de Estatística (INE) deu conta que no verão de 2022 foram arrendadas menos casas do que na mesma altura do ano passado: o número de contratos caiu 5,5%. E os dados mostram-nos que em 17 dos 24 municípios com 100 mil habitantes foi registada uma queda no número de novos contratos de arrendamento. O maior tombo de todos foi observado em Vila Nova de Famalicão, de -20,5%.

Entre julho e setembro deste ano foram celebrados um total de 22.138 novos contratos de arrendamento, menos 5,5% do que no período homólogo. Olhando para os dados de arrendamento no horizonte temporal que termina no primeiro trimestre de 2020, salta à vista que foi entre janeiro e março deste ano que houve mais habitações arrendadas no país, tendo sido assinados 24.727 contratos.

O que os dados do INE publicados esta quinta-feira, dia 22 de dezembro, também mostram é que esta não é a primeira vez nos últimos três anos que o número de contratos de arrendamento cai: entre janeiro e março de 2021 também foram arrendadas menos 4,1% de casas do que no primeiro trimestre de 2020 – que arrancou bem, mas logo foi marcado pelo início da pandemia da Covid-19.

Onde é que se arrendam mais e menos casas?

Em Portugal, contam-se 24 municípios com mais de 100 mil habitantes. E, destes, o número de contratos de arrendamento caiu em 17 entre o verão de 2021 e o verão de 2022, incluindo Lisboa (-13,3%) e Porto (-8,9%).  Estes foram os cinco concelhos do país onde houve maior queda no arrendamento de casas entre julho e setembro e o período homólogo:

  • Vila Nova de Famalicão (-20,5%);
  • Setúbal (-15,2%);
  • Loures (-14,2%);
  • Sintra (-14,1%);
  • Lisboa (-13,3%).

Por outro lado, o INE registou um aumento do número de contratos de arrendamento em cinco municípios:

  • Vila Nova de Gaia (9,4%);
  • Funchal (7,7%);
  • Vila Franca de Xira (4,1%);
  • Coimbra (2,4%);
  • Barcelos (2%).

Já em Guimarães (0,4%) e em Braga (0,2%) a quantidade de contratos de arrendamento ficou praticamente estável entre estes dois momentos.

Sem surpresa, foi em Lisboa que foram arrendadas mais casas no verão deste ano, tendo sido assinados um total de 2.346 documentos. E logo a seguir está o Porto, com 1.188 contratos de arrendamento. As duas maiores cidades portuguesas continuam a liderar o mercado de arrendamento mesmo apresentando uma queda no número de contratos face ao ano anterior. Por outro lado, Barcelos (152) e Santa Maria da Feira (176) foram os municípios onde menos casas foram arrendadas.

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