Mistura que chega pela rede é composta por 95% de gás natural e 5% de hidrogénio verde. Objetivo é chegar aos 20%.
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Foto de Henrique Malaguti no Unsplash

Perto de 100 consumidores no concelho do Seixal, entre habitações e empresas, já estão a ser abastecidos com hidrogénio verde desde outubro passado. A empresa responsável é a Floene, criada para designar o operador de redes Galp Gás Natural Distribuição (GGND).

“É a primeira rede do país onde circula, em parte, 100% de hidrogénio, e está a funcionar muito bem”, disse o CEO da Floene, Gabriel Sousa, em entrevista ao Jornal de Negócios. Segundo o responsável, a mistura que chega pela rede a estes consumidores é composta por 95% de gás natural e 5% de hidrogénio verde, mas o objetivo é chegar aos 20%. A ideia será, no futuro, replicar o exemplo noutras zonas do país.

De acordo com o Negócios, o projeto no Seixal decorre numa rede fechada, que inclui uma central de 50MW para produção de hidrogénio verde, a cargo da empresa portuguesa Gestene. O gás de origem renovável que ali se produz segue por um gasoduto com 1,4 km de comprimento, que transporta 100% de hidrogénio entre o produtor e a estação de mistura com o gás natural – que depois é injetado na rede que abastece, atualmente, os 80 clientes.

Para Grabriel Sousa, Portugal tem potencial para fazer chegar o hidrogénio verde aos consumidores de todo o país. “Temos a sorte em Portugal de ter uma infraestrutura de distribuição de gás com cerca de 15 anos, muito mais moderna que a dos outros países, que lidam com o desafio de ter de substituir alguns materiais mais antigos”, refere.

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