Focar onde está o mercado imobiliário é o segredo para ter sucesso nos negócios em 2023, dizem responsáveis pela Realty One Group.
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Mediação imobiliária
João Oliveira, CEO da Realty One Group Portugal, e Vinnie Tracey, presidente da Realty One Group (EUA) Freepik

O palco macroeconómico atual é pautado pela incerteza, gerada pela alta inflação, subida das taxas de juro e ainda pela crise energética que advém da guerra na Ucrânia. E todos estes fatores vão influenciar a dinâmica do mercado imobiliário em 2023, que poderá mesmo registar um abrandamento da atividade. Para superar os desafios que aí vêm, os consultores imobiliários “têm de se direcionar para onde está o mercado: estrangeiros e casas a preços mais baixos”, defendeu João Oliveira, CEO da Realty One Group Portugal, na primeira edição da Business Conference, que decorreu esta terça-feira, em Famalicão.

Tendo em conta o contexto económico atual, João Oliveira admite que “é normal haver alterações de mercado e ciclos”, antecipando que o mercado imobiliário até “vai descer um pouco”. Mas considera que em Portugal as alterações do mercado vão ser diferentes das que já se sentem noutros países.

“Em Portugal, não se sente tanto algumas alterações normais que se estão a verificar noutros países. A procura está alta e há pouco oferta. E a subida da Euribor vai levar a que as famílias procurem imóveis de valor mais baixo”, explica o responsável pela Realy One Group Portugal, uma marca dos EUA que aterrou no nosso país em 2022 por sua iniciativa. Ou seja, uma família que antes tinha poder de compra para adquirir um imóvel de 250 mil euros, agora procura uma casa a um preço bem mais baixo, como 200 mil euros, apontou o especialista como exemplo.

Por outro lado, o “mercado imobiliário português continua muito interessante para investidores”, diz ainda João Oliveira, sublinhando que os estrangeiros continuam a investir no nosso país. "Os norte-americanos estão a comprar muito em Portugal, assim como os franceses e brasileiros”, tal como deu nota.

O CEO da Realty One Portugal vê assim duas oportunidades para fazer negócios no mercado imobiliário português em 2023. “Temos de nos direcionar para onde está o mercado: estrangeiros e casas a preços mais baixos”, concluiu João Oliveira no evento que decorreu na Casa das Artes de Vila Nova de Famalicão e contou com o idealista como media partner.

Venda de casas em 2023
João Oliveira, CEO da Realty One Group Portugal, e Vinnie Tracey, presidente da Realty One Group (EUA) Brand By Difference

Otimismo é segredo para o sucesso no imobiliário

A mesma opinião é partilhada por Vinnie Tracey, presidente da Realty One Group nos EUA, que esteve presente no encontro. “O mercado imobiliário sempre foi um ciclo. Está em constante mudança e haverá vencedores e perdedores. Os vencedores sabem como enquadrar as coisas de uma forma positiva, que foca os seus profissionais imobiliários em como tirar partido das forças do mercado”, disse em declarações ao idealista/news.

Na ocasião explicou que se o mercado imobiliário dos EUA contabilizar 6 milhões de casas vendidas é um “bom ano”. Se forem 5 milhões é um “ano médio”. E se forem vendidas 4 milhões de casas é um “ano mau”.

Neste contexto, o especialista, com cerca de 40 anos de experiência no mercado imobiliário, partilha que em 2021 foram vendidas 6,3 milhões de casas nos EUA. E as previsões apontam para que em 2023 sejam transacionadas 4,4 milhões de casas. “Os bons líderes focam-se nos 70% de casas vendidas”, afirmou Vinnie Tracey.

E para que isso seja possível diz aos seus “agentes imobiliários para que se diferenciem e direcionem para onde está o mercado” e perceber porque é que as pessoas vendem e compram. “É nesta altura que temos de perceber que a vida muda, há mudanças de emprego, há nascimentos, mortes, problemas de saúde, pessoas reformadas… Tudo isso força as pessoas a tomar decisões. E, portanto, temos de direcionar o negócio para onde está o mercado. Temos de ter sempre uma atitude positiva”, vincou ainda este guru do imobiliário.

O conselho do presidente da Realty One Group nos EUA é que os mediadores, agentes, brokers do imobiliário não se foquem nos aspetos negativos que marcam a atualidade e podem influenciar os negócios. “As pessoas têm uma visão negativa, perante as notícias sobre a subida das taxas de juro, os altos custos na construção. Mas é na forma como lidamos com as circunstâncias que estão os resultados. E alerta ainda que “se as pessoas se fixarem muito na parte negativa, de que o mercado desceu X%, ficam assustadas e, assim o resultado não será bom”.

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