Presidente da República afirma ainda que há propostas de lei, cuja "ideia de base não é que passem à prática".
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Legislação do Mais Habitação
Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República Getty images

Depois de aberto o melão e, portanto, conhecida a legislação que acompanha o Mais Habitação, Marcelo Rebelo de Sousa não poupou críticas às medidas desenhadas pelo Governo de António Costa. “Tal como está concebido, logo à partida, o pacote da habitação é inoperacional. Quer no ponto de partida, quer no ponto de chegada", sublinhou o Presidente da República.

O Chefe de Estado vai mais longe comparando ainda as propostas de lei do Mais Habitação com as “leis cartazes”, que “são aquelas leis que aparecem a proclamar determinados princípios programáticos, mas a ideia de base não é que passem à prática”, explicou Marcelo Rebelo de Sousa citado pelo Correio da Manhã.

Na perspetiva do Presidente da República, "uma lei cartaz tem uma vantagem no curtíssimo prazo e um inconveniente enorme no médio e longo prazo". Ora, “no curtíssimo prazo, é um polo de fixação por aquilo que promete. No virar da esquina, convertida em inexequível, significa que se levantaram expectativas que se frustram instantaneamente”, explicou em entrevista à CMTV.

Por isso mesmo que Marcelo Rebelo de Sousa conclui que "era preferível não ter levantado as expectativas, pois existindo um problema real [a crise na habitação] e sendo a aparente solução inexequível, era melhor não termos falado nisso".

Recorde-se que antes de conhecer as propostas de lei do pacote Mais Habitação – ou seja, antes de “abrir o melão” -, Marcelo Rebelo de Sousa admitiu colocar em cima da mesa a hipótese de vetar as medidas ou enviá-las para Tribunal Constitucional se suscitarem dúvidas. E depois de conhecer a legislação reforçou que irá olhar para a constitucionalidade de alguns pontos, nomeadamente a “densificação” dos conceitos de casa devoluta e de consumos baixos,

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