Chegada de surfistas estrangeiros tem vindo a transformar estes territórios, trazendo modernidade e subindo os preços das casas.
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Comprar casa para fazer surf
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O sol espreita e as boas ondas começam a formar-se. É sinal de chegada de surfistas às praias portuguesas. Mas já não é apenas um fenómeno de verão. Vêm ao longo do ano e de todo o mundo para Portugal à procura da onda perfeita, num país onde a segurança, gastronomia, cultura e qualidade de vida também são valorizados. E procuram, sobretudo, os destinos de surf que mais se têm afirmado na última década: Ericeira, Peniche e a Nazaré.

Tudo mudou nestas terras piscatórias, que deixaram de ser apenas destinos de férias. Uma dinâmica que mexe com a venda e o arrendamento de casas, elevando os preços da habitação e o custo de vida, mas também com os negócios locais. Até porque, uma vez que estes visitantes estrangeiros experimentam o surf em Portugal, “a possibilidade de cá viverem aumenta”, tal como diz o presidente da Associação Nacional de Surfistas.

“É bastante evidente que o surf trouxe modernidade e um refrescamento para a Nazaré, Peniche e Ericeira. As tradicionais gentes locais hoje vivem e convivem com surfistas. Há muitos anos, éramos nós os portugueses. Hoje, os visitantes internacionais são mais do que visíveis”, começa por explicar Francisco Rodrigues, presidente da Associação Nacional de Surfistas (ANS), em declarações ao idealista/news.

É certo que as ondas de surf portuguesas estão a atrair cada vez mais praticantes estrangeiros de todo o mundo: vêm de Espanha, França, Reino Unido, Alemanha, Brasil e recentemente dos EUA. “Os surfistas visitantes preenchem uma gama alargada, desde os que são 100% ‘surf driven’ aos estudantes e às famílias que procuram uma experiência mais completa onde o surf está incluído”, acrescenta ainda Francisco Rodrigues.

Para ir ao encontro do particular estilo de vida dos surfistas, os negócios multiplicam-se nas mais variadas áreas na Ericeira, Peniche e na Nazaré desde o imobiliário à restauração, passando pelo vestuário e equipamentos da modalidade. “Do ponto de vista económico, passou a haver uma indústria local para servir o surfista viajante, que há alguns anos era inexistente”, conta ainda o presidente da ANS. Mas também trazem novos desafios: garantir casas para comprar e arrendar a preços acessíveis às famílias portuguesas residentes, para que estas terras do surf continuem a crescer, mas preservando a sua alma e identidade.

Ericeira: a reserva mundial do surf onde os preços das casas são “exorbitantes”

Comprar casa na Ericeira
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Situa-se no concelho de Mafra, a cerca de 40 minutos de Lisboa. A Ericeira é hoje reconhecida como Reserva Mundial de Surf, que se estende entre as praias da Empa e de São Lourenço, numa faixa costeira que concentra sete ondas de classe mundial num espaço de apenas quatro quilómetros: São Lourenço, Coxos, Crazy Left, Cave, Ribeira d’Ilhas, Reef, e Pedra Branca. É também aqui que são organizadas competições internacionais da World Surf League, que "mandam" nas carreiras desportivas de muitos surfistas mundiais.

É, sobretudo, a qualidade das ondas que têm atraído cada vez mais amantes do surf para viver na Ericeira, a par de nómadas digitais e moradores estrangeiros. “São um pouco de todas as classes sociais, famílias com filhos, pessoas mais simplistas e descomplicadas e que não procuram stress do dia a dia”, aponta Ricardo Isidoro, diretor geral do Grupo das Casas, que possui uma imobiliária nesta vila, A Casa das Casas – Ericeira Real Estate.

E a chegada destes praticantes de surf tem sido responsável por dinamizar vários negócios, reconhece ainda Ricardo Isidoro: “Há mais crescimento económico para o comércio local, recuperação de ruínas, os proprietários rentabilizam os seus investimentos (imóveis), há a criação de novos espaços, ginásios, eventos culturais, inovação e dinamização de espaços”.

Comprar e arrendar casa na Ericeira: quanto custa?

Viver na Ericeira
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Também o negócio das casas tem evoluído de forma positiva na Ericeira, havendo maior procura por casas de residência permanente - alimentada também pelo efeito da pandemia no caso das famílias portuguesas que procuraram outros sítios para morar, perto de Lisboa, mas fora de contextos urbanos -, mas também residência temporária ou numa perspetiva de investimento.

No entanto, há que olhar também para o outro lado da moeda: a elevada procura de casas para comprar e arrendar “está a inflacionar os preços de forma exorbitante, ficando apenas acessíveis ao mercado estrangeiro devido a uma melhor/maior capacidade financeira”, um cenário que faz com que os portugueses estejam a perder mesmo poder de compra, reconhece ainda o responsável pela imobiliária A Casa das Casas na Ericeira.

Os dados do idealista/data revelam isso mesmo. No caso do mercado de compra e venda, a procura de apartamentos e de moradias é hoje superior à registada em 2019, antes da pandemia, muito embora tenha arrefecido nos primeiros seis meses de 2023 face ao mesmo período do ano passado, quando estava em alta. Foi precisamente o desequilíbrio no stock de apartamentos e moradias existentes na Ericeira, que motivou a subida dos preços das casas ao longo dos anos.

Comprar um apartamento na Ericeira custava 3.322 euros por metro quadrado (euros/m2) no segundo trimestre de 2023, mais 11% face ao período homólogo e mais 70% face ao mesmo trimestre de 2019. Com os preços em alta, um apartamento desta vila vale 375 mil euros, em termos medianos. Também as moradias ficaram mais caras ao longo dos últimos anos (preços quase duplicaram face a 2019), custando em termos medianos 687 mil euros entre abril e junho. 

Para comprar um apartamento na Ericeira - que custou, em termos medianos, entre 345 mil euros e 385 mil euros nos últimos 18 meses - recorrendo a um financiamento bancário a 90%, com prazo de 30 anos, spread de 0,7% e indexado à Euribor a 6 meses (3,825% em junho), as famílias têm de ter capacidade financeira para pagar uma prestação da casa entre 1.500 euros/mês e 1.760 euros/mês. Por exemplo, no caso de comprar uma casa de 375 mil euros (valor mediano apurado no 2T2023), a prestação da casa é de 1.716 euros/mês, revelam as simulações preparadas pelo idealista/créditohabitação. 

Para que os preços das casas praticados na Ericeira voltem a estar ao alcance da maioria dos portugueses, seria preciso equilibrar a balança através da colocação de mais casas no mercado. “Falta mais parque de construção, mas acabará por destruir a alma da Ericeira”, reconhece o diretor geral do Grupo das Casas. Na verdade existem novos projetos imobiliários em construção nesta vila piscatória – e a oferta até aumentou no último ano depois de passar vários trimestres a cair. Mas também estas casas novas são direcionadas para a classe alta e estrangeiros. Além disso, “existem proprietários que conseguem vender segundas habitações a preços exorbitantes, comparativamente ao da compra inicial”, acrescenta o especialista.

Neste cenário inflacionista, quem quer viver na Ericeira pode voltar-se para o mercado de arrendamento. Mas também aqui as rendas estão mais elevadas do que há um ano, quer nos apartamentos (+17%), quer nas moradias (+15%), tal como revelam os dados. Na Ericeira, arrendar um apartamento teve o custo mediano de 1.350 euros/mês na primavera de 2023 e uma moradia de 2.475 euros/mês. A boa notícia é que com o recente arrefecimento da procura - dados que os preços são elevados até para os estrangeiros e nómadas digitais - , há mais casas para arrendar do que há um ano.

Toda esta nova dinâmica gerada pela chegada de estrangeiros à Ericeira, muitos deles movidos pelo amor ao surf, está a transformar a vila piscatória, sendo essa a “consequência do sucesso”, segundo quem está ali no mercado. “A alma da vila vai mudar, como em tudo na vida. Não podemos parar no tempo, porque se isso acontece, depois dos mais velhos partirem, os novos também partem à procura de espaços e de experiências que a vila não lhes oferece. E se isto acontecer, a alma dará lugar a um deserto em tempos pertencente a uma vila com o nome de Ericeira. A inovação está cá para ficar. Quem quiser apanhar a onda apanha, quem não quiser fica para trás e passaremos a ser a vila das festas de agosto para os emigrantes”, resume Ricardo Isidoro em declarações ao idealista/news.

Peniche: a capital da onda que atrai surfistas e mais moradores

Campeonatos de surf em Portugal
Meo Rip Curl Pro Portugal 2017 Getty images

As ondas perfeitas de Peniche não deixam ninguém indiferente, sobretudo, os surfistas de elite internacional. Tanto que a praia de Supertubos tornou-se famosa em todo o mundo, estando na origem da marca “Peniche Capital da Onda”. É aqui que é realizada uma etapa do maior e mais importante evento de surf em Portugal, o MEO Rip Curl Pro Portugal, da World Surf League.

Toda esta dinâmica à volta do surf tem estimulado a economia da cidade de Peniche, situada no distrito de Leiria e a cerca de 1 hora e 20 minutos de Lisboa, em carro. “O crescimento económico é notório, estando a surgir vários espaços do ramo da hotelaria, escolas de surf, fábricas de pranchas e de reparação, lojas de material de surf, lojas de aluguer de equipamento e bicicletas”, explica ao idealista/news Nuno Anjos, gerente e diretor comercial da ERA Peniche/Óbidos.

Também o mercado imobiliário de Peniche está mais ativo nas suas várias facetas. A reabilitação de imóveis está “mais visível” tanto no centro, como nos arredores da cidade. E a “venda de casas tem evoluído de uma forma muito positiva”, até porque a “procura está largamente a superar a oferta, havendo poucos imóveis novos a chegar ao mercado e os usados vão entrando no mercado cada vez mais lentamente”, analisa o especialista em mediação imobiliária.

Comprar ou arrendar casa em Peniche está mais caro

Comprar casa em Peniche
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A procura de casas para comprar em Peniche tem vindo, de facto, a aumentar ano após ano, observando-se uma subida de cerca de 31% no caso dos apartamentos e 73% nas moradias no segundo trimestre de 2023 face ao período homólogo, revelam os dados do idealista/data. “Peniche tem atraído mais moradores nos últimos anos, normalmente investidores em Alojamento Local (AL), proprietários de escolas de surf e hotelaria, mas também cada vez mais nómadas digitais que procuram locais tranquilos e naturais, que aliam segurança ao custo de vida”, referiu ainda o especialista.

Já o stock de apartamentos e moradias caiu ao longo de 2022 e início de 2023 – muito embora se tenha verificado uma recente subida homóloga de 26% no caso das vivendas. “A oferta de casas está numa dinâmica inferior à procura de mercado”, havendo “poucos projetos novos e de pequena dimensão a surgir” e as casas existentes também não chegam ao mercado, destaca ainda Nuno Anjos.

Como resultado deste desequilíbrio entre a oferta e a procura, “os preços têm subido muito e rapidamente” no mercado de compra e venda da cidade, indica o diretor comercial da ERA Peniche/Óbidos. Os apartamentos ficaram 66% mais caros entre a primavera de 2023 e o mesmo período de 2019, tendo o preço mediano se fixado nos 1.739 euros/m2 – já no início deste ano verificou-se uma ligeira correção de preços face a 2022. Comprar uma moradia para viver em Peniche custou 1.773 euros/m2 no segundo trimestre de 2023 (+21% face ao mesmo período de 2022 e +75% face a 2019).

Os dados revelam ainda que um apartamento na capital da onda tinha o custo mediano de 181.000 euros entre abril e junho deste ano, enquanto uma moradia custou 280 mil euros. Adquirir um apartamento deste valor com recurso a crédito habitação (financiado a 90%, num prazo de 30 anos) com spread de 0,7% e indexado à Euribor a 6 meses (3,825% em junho), significa pagar uma prestação da casa de 830 euros por mês, tal como indicam as estimativas do idealista/créditohabitação.

E será o mercado de arrendamento uma opção para os portugueses e estrangeiros que procuram Peniche para viver e as suas ondas perfeitas para surfar? A oferta de apartamentos para arrendar é escassa e tem vindo a cair (-25% num ano). “A dinâmica tem-se concentrado mais no AL e arrendamentos de curto e médio prazo”, justifica Nuno Anjos. Já a procura disparou em 2022 e tende a estar em alta em 2023 (embora não tão alta como no ano anterior). Isto fez com que as rendas das casas entrassem numa tendência de subida, tendo atingido o valor mediano de 800 euros/mês em 2023, o maior valor desde 2019.

Apesar dos desafios que cria no mercado imobiliário, a chegada de surfistas, estrangeiros e nómadas digitais também é encarada como uma oportunidade de negócio, de renovar gerações e transmitir a cultura de Peniche. “Penso que se conseguirmos aproveitar esta dinâmica jovem, tecnológica e de diversidade cultural, poderemos difundir a ‘alma’ e a cultura local para todos os que nos visitam, mas principalmente atrair os novos moradores”, diz Nuno Anjos. O responsável acredita que esta é até uma forma de dar a conhecer as tradições seculares de todo o concelho, bem como melhorar a comunicação da cultura ligada ao mar.

Nazaré: onde as ondas gigantes desafiam os surfistas mais corajosos

Surf na Nazaré
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A Nazaré passou a estar no mapa mundial dos surfistas, depois de Garrett McNamara ter conseguido o impensável em 2011: surfar uma onda de 23,77 metros na Praia do Norte, batendo o Recorde Mundial do Guinness. De lá para cá, esta vila também no distrito de Leiria, um pouco mais a norte, (a cerca de 1h30 de carro de Lisboa) tornou-se num dos destinos mais famosos mundialmente para a prática de surf – sobretudo para os mais corajosos.

Tanto que o Record do Guiness de McNamara já foi superado por outros surfistas, estando agora nas mãos do alemão Sebastian Steudtner, depois de ter descido na sua prancha uma onda gigante com 26,21 metros, em 2020.

É o canhão da Nazaré o responsável por gerar ondas gigantescas na praia do Norte, sobretudo entre novembro e fevereiro de cada ano. Esta vila de varinas tornou-se num ponto incontornável da rota do surf mundial, onde hoje se realiza o Big Wave Challenge. “As ondas gigantes vieram fortalecer a época de inverno e nota-se um aumento de visitantes, o que contribui para haver novos residentes, em especial surfistas, embora haja um interesse crescente de cidadãos norte-americanos, nórdicos e belgas”, comenta Luis Santos, gerente na Casas & Properties Nazaré, em declarações ao idealista/news.

 “Sempre que há uma ondulação forte no inverno, com ou sem competição, a Nazaré puxa para si toda a atenção do surf em Portugal”, diz o presidente da ANS

Há ainda outras características desta tradicional vila piscatória que atraem novos moradores. “Viver na Nazaré é ter qualidade de vida, muitos e serviços próximos, uma paisagem de excelência com muitas praias na região e bons restaurantes, além de uma atividade cultural muito interessante. Temos uma excelente localização geográfica, com fácil acesso a Lisboa e ao seu aeroporto”, aponta ainda Luis Santos.

Custo das casas na Nazaré sobe desde a pandemia

comprar casa na Nazaré
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Todos estes fatores têm justificado o aumento crescente de famílias que procuram comprar casa na Nazaré (apartamentos e moradias) nos últimos anos, sendo hoje bem superior à registada em 2019 – muito embora tenha arrefecido (-36%) no caso das moradias entre o segundo trimestre de 2023 e o período homólogo, altura em que atingiu o pico.

Já a oferta de apartamentos na Nazaré para comprar tem vindo a cair (-25% no último ano), enquanto a oferta de moradias à venda tem subido ligeiramente nos últimos meses. “Há sempre novos projetos no mercado, mas muito focados no cliente para segunda habitação, onde a procura é alta e o preço de venda elevado”. Por outro lado, “não temos muita área para construir ou donos que queiram vender, pois muitas propriedades são de vários familiares e não é fácil chegarem a um entendimento”, explica ainda o gerente na Casas & Properties Nazaré.

Em resultado, “os preços estão a aumentar significativamente de ano para ano”, revela o gerente desta imobiliária na Nazaré. No caso dos apartamentos, os preços das casas fixaram-se em 2.755 euros/m2 no segundo trimestre de 2023, mais 6% face ao período homólogo e 38% face ao mesmo período de 2019. Também as moradias ficaram 4% mais caras num ano e 48% face ao período pré-pandémico, custando agora 1.831 euros/m2.

Isto quer dizer que comprar um apartamento na Nazaré tem o custo mediano de 275 mil euros. E adquirir uma moradia custa 315 mil euros. Para avançar com a aquisição de um apartamento com recurso ao crédito habitação, com financiamento de 90%, prazo a 30 anos, spread de 0,7% e Euribor a 6 meses (3,825% junho), as famílias deverão estar preparadas para pagar uma prestação mensal de 1.258 euros mensais, revelam os cálculos do idealista/créditohabitação.

Por outro lado, arrendar casa na Nazaré pode revelar-se mesmo complicado. “O arrendamento de longa duração nem chega a ser publicitado, pois há uma enorme procura. Há muito pouca oferta e por tradição de há décadas, os nazarenos sempre preferiram arrendar as casas ou os quartos aos turistas que visitam a vila”. O especialista refere-se às nazarenas vestidas a rigor com as suas sete saias, que tentam arrendar casas de férias junto à marginal – mesmo sabendo que a maioria dos turistas já chega com alojamento garantido.

Os dados do idealista/data mostram que a procura de apartamentos para arrendar na Nazaré é hoje muito superior à registada no passado (em 2019 e 2020), tendo atingido o período mais elevado dos últimos anos em 2022 - por isso, embora a procura continue elevada, se verificou um arrefecimento em 2023.

Foi precisamente neste período de maior procura, que a oferta de casas para arrendar caiu, tendo recuperado no início deste ano. Pelo mesmo motivo, os preços subiram – e muito– em 2022, observando-se agora um ajuste (-8%). Ainda assim, arrendar casa na Nazaré custou 12,36 euros/m2 no segundo trimestre de 2023, mais do dobro do que em 2019.

Toda esta nova dinâmica na Nazaré, impulsionada por quem procura as suas ondas gigantes, tem gerado aspetos positivos para os negócios – imobiliários e não só. “Nota-se uma melhor oferta nos serviços e restauração, sendo muito mais equilibrada entre as estações no ano (anteriormente era só no verão)", indica Luis Santos, sublinhando ainda que se assiste a “uma ótima recuperação das casas na zona histórica”.

Quem chega esta vila piscatória logo conhece a alma “muito forte” dos nazarenos e as suas tradições enraizadas, desde as sete saias ao peixe seco à venda na marginal, sem esquecer os festejos do Carnaval, a romaria ao São Brás (monte da região) e as festas do mar. Luis Santos não tem dúvidas que “não é fácil domar este sentimento bairrista que temos pela nossa vila, no entanto também recebemos com agrado algumas melhorias que trouxeram estes novos habitantes em relação à qualidade de vida, ao cuidado que devemos ter com as nossas habitações e património”.

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