A procura de novos espaços, conceitos de arquitetura e soluções tecnológicas são o grande desafio da reabilitação, diz a MELOM.
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Foto de Blue Bird no Pexels

A nova geração de proprietários pretende remodelar as suas habitações garantindo uma melhoria significativa na qualidade do espaço e das soluções construtivas existentes. Como fator em comum, destaca-se a procura por um equilíbrio entre o conforto e a qualidade, assim como novas oportunidades de investimento, que não comprometam a sua estabilidade financeira.

MELOM*, empresa especializada e líder em remodelação de imóveis, revela que continua a "existir uma procura incansável de habitação em zonas históricas, com acesso privilegiado a uma maior variedade de serviços disponíveis". Neste artigo preparado para o idealista/news, explica qual o perfil da nova geração de moradores e quais os novos paradigmas da reabilitação. 

Perfil da nova geração de moradores

São várias as nacionalidades, desde franceses, israelitas, americanos e brasileiros, com idades compreendidas entre os 30 e os 65 anos, que optaram por investir no nosso país, principalmente pelo custo e qualidade de vida. A flexibilidade do ambiente de trabalho trouxe consigo a possibilidade de trabalho remoto, que se refletiu no aumento da procura de espaços de coworking e coliving, pelos chamados nómadas digitais.

Atualmente, devido aos preços altos das casas no mercado, a maioria dos portugueses com idades compreendidas entre os 35 e os 55 anos, têm vindo a optar por remodelar a casa em vez de trocar ou vender a sua por um preço de mercado mais competitivo, optando por construir casas novas fora da grande Lisboa por um preço mais acessível, mas com algumas desvantagens devido à distância para quem trabalha na cidade de Lisboa.

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Foto de Gustavo Fring no Pexels

A classe mais jovem atravessa, neste momento, uma grande dificuldade na aquisição da primeira casa. No entanto, têm surgido alguns pedidos de jovens, que por terem herdado uma casa em Lisboa ou nos arredores, investem na sua remodelação, ainda que sejam exceções, dado que a grande maioria continua a viver em casa da família.

Os novos paradigmas da reabilitação: ambiente e tecnologia

São cada vez mais procuradas novas soluções ecológicas e tecnológicas, demonstrando uma crescente preocupação com a certificação energética dos imóveis e escolha dos materiais e equipamentos. Esta questão não se prende apenas com a redução de custos mensais, mas também com a otimização dos recursos naturais, utilizando a tecnologia para diminuir o seu impacto ambiental.

A melhoria significativa de caixilharias, de forma a evitar maiores oscilações de temperatura no interior das habitações, está praticamente no topo da lista de prioridades. É constantemente dada preferência pela iluminação e conforto térmico naturais, em ambientes mais flexíveis, adaptados a diferentes atividades e utilizações.

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Foto de Blue Bird no Pexels

Quais os bairros mais remodelados do distrito de Lisboa?

As zonas com maior número de remodelações, em Lisboa, situam-se nos bairros mais tradicionais, como Alfama, Arroios, Beato, Graça, Marvila, Mouraria, Penha de França, Príncipe Real e Bairro Alto, que são especialmente procurados por moradores de outras nacionalidades que, dado o seu maior poder de compra, têm uma maior capacidade para adquirir imóveis no centro da cidade e que, posteriormente, optam por remodelar com materiais de qualidade superior, uma vez que maioritariamente são prédios históricos que exigem uma melhoria da eficiência energética.

Cada vez mais se assiste a uma procura em localizações afastadas do centro das grandes cidades, tendo como benefício a diminuição do custo dos imóveis. Têm vindo a surgir diversos pedidos de remodelações na periferia de Lisboa, sobretudo nas zonas da Amadora, Odivelas, Loures e Almada. Nestes casos, as remodelações são geralmente realizadas por portugueses, que na impossibilidade de trocarem de casa devido aos preços altos da habitação, acabam por remodelar as suas próprias casas, atualizando os espaços existentes. O facto da maioria dos imóveis se encontrarem em zonas de reabilitação urbana, assim como a criação de apoios ambientais permitindo um benefício fiscal, vieram de certa forma incentivar e ajudar o crescente aumento da reabilitação.

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Foto de Karolina Grabowska no Pexels

O concelho de Oeiras é também considerado uma das melhores zonas para habitação na área metropolitana da Grande Lisboa, especialmente em Caxias, Paço de Arcos, Porto Salvo e São Julião da Barra.

Por último, o concelho de Cascais é considerado a “riviera portuguesa”, ao oferecer uma maior qualidade de vida aos seus moradores, sendo as freguesias de Cascais, Carcavelos e Estoril as mais valorizadas pela proximidade com as várias praias. São Domingos de Rana e Alcabideche acabam também por ter uma grande procura pelo facto de terem um preço médio mais acessível, não só para compra e remodelação de casas, como para compra de terrenos e construção nova de moradias.

*Este artigo contou com o apoio técnico da unidade MELOM Maycor, com posicionamento em Lisboa.

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