A próxima reunião do Conselho de Administração do BCR terá lugar em 14 de fevereiro de 2025.
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Taxas de juro na Rússia
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Lusa
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O banco central da Rússia manteve, esta sexta-feira (dia 20/12/2024), as taxas diretoras em 21%, fixadas no final de outubro e o nível mais alto desde 2013, apesar de a inflação continuar a subir e os preços a registar uma tendência ascendente. A próxima reunião do Conselho de Administração do BCR terá lugar em 14 de fevereiro de 2025.

O regulador russo associou esta decisão ao facto de “ter havido um maior aperto das condições financeiras e de crédito do que a decisão de outubro sobre as taxas de juro pressupunha”.

O BCR considerou que o crescimento considerável das taxas de juro bancárias para os credores finais e o arrefecimento da atividade de crédito “criam as condições necessárias para a retoma do processo de desinflação e o regresso da inflação ao seu objetivo, apesar do atual aumento dos preços e da elevada procura interna”.

Trata-se de uma decisão inesperada, uma vez que a maioria dos analistas russos esperava um aumento de dois pontos percentuais para 23%, uma vez que a inflação continua a aumentar e é o dobro do objetivo do Governo russo.

Segundo fontes ocidentais, os banqueiros e empresários russos queixaram-se ao Presidente russo, Vladimir Putin, da gestão da Presidente do BCR, Elvira Nabiulina, que alegadamente está a prejudicar os seus interesses ao aumentar as taxas de juro.

O próprio Putin considerou, na véspera, que o regulador russo se tinha apoiado demasiado no aumento das taxas de juro para controlar a inflação e que tinha sido lento a aplicar outras medidas económicas para relançar a economia.

O dirigente defende que a “resposta magistral” aos riscos inflacionistas da Rússia passa pelo aumento da oferta de bens e serviços na economia do país, o que pode ser travado por taxas de juro elevadas que cortam o financiamento e dificultam o desenvolvimento das empresas russas.

O BCR, que aumentou as taxas para 21% em outubro passado, já o tinha feito em julho e setembro, primeiro de 16% para 18% e depois para 19%.

Estas medidas não impediram que a moeda nacional, o rublo, se depreciasse e atingisse os níveis do início da guerra na Ucrânia.

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