
A construção de casas modulares poderá conhecer um novo fôlego em 2025 com o aumento da procura em relação a este modelo habitacional. De acordo com a Fixando, plataforma online de contratação de serviços, prevê-se que haja um crescimento da procura em 221% face a 2024.
O que mostram os números?

Os dados da análise mostram que em janeiro deste novo ano, a demonstração de interesse e pedidos de clientes para este serviço registou um aumento de 148% aquando comparado com o mês de dezembro de 2024.
Além disso, e tendo ainda por base os anos anteriores, a plataforma faz saber que, em traços gerais, os primeiros meses de 2025 assinalaram uma subida de 261% em comparação com a média mensal do ano passado.
Em declarações ao idealista/news, Alice Nunes, diretora de Novos Negócios da Fixando, adiantou que, entre as regiões de maior interesse, destacam-se Lisboa, Porto, Setúbal, Aveiro, Braga, Leiria e Santarém.
O que justifica o crescimento galopante?

A necessidade de soluções habitacionais mais rápidas, sustentáveis e acessíveis economicamente podem justificar este aumento da procura, afirma a BuilditNow, uma das empresas de construção modular que pode ser contratada através da plataforma Fixando.
“Comparadas com a construção tradicional, as casas modulares oferecem prazos de entrega significativamente menores, podendo ser concluídas em meses ao invés de anos. Além disso, a otimização dos processos de fabrico e montagem pode resultar em custos mais competitivos”, explica José Luís Tirado, responsável da BuilditNow.
Outra vantagem apontada é a previsibilidade dos custos e prazos, uma vez que a construção modular ocorre em ambiente controlado, reduzindo a dependência de fatores climáticos e minimizando desperdícios. Além disso, esta modalidade permite maior flexibilidade no design, já que os módulos podem ser personalizados e expandidos conforme necessário.
Dimensões e valores das casas modulares

Segundo o estudo da plataforma – que põe em contacto especialistas e clientes – quanto às dimensões mais requisitadas, as conclusões são de que:
- 23% dos pedidos são para habitações entre 80 e 100 metros quadrados;
- 22% entre 100 e 130 metros quadrados;
- 21% entre 50 e 80 metros quadrados.
Sendo que o valor médio orçamentado para as dimensões da casa modular que regista maior procura ronda os 48.000 euros, estima Alice Nunes.
Qual a correlação entre a procura e a concretização?
No entanto, entre a procura e a concretização há um fosso que poderia ser colmatado se, segundo a Builtitnow, se existisse um maior apoio público à construção modular de modo a acelerar a adoção desta solução e torná-la ainda mais acessível.
Por sua vez, as considerações de Alice Nunes, apontam no mesmo sentido. “Embora a construção modular já seja amplamente utilizada nos Estados Unidos, Canadá e alguns países europeus, em Portugal trata-se de um setor que ainda não tem muita expressão. [...] com o crescimento exponencial da procura, as nossas expectativas são de que a construção modular se consolide como uma alternativa viável e sustentável para a habitação em Portugal,” avança.
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