Após décadas de abandono, lote avaliado em 177 milhões de euros pode ganhar nova vida com loteamento em análise.
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Amoreiras
GualdimG, CC BY-SA 4.0 Creative commons

O terreno localizado nas Amoreiras, em Lisboa, e detido pelo Novo Banco, continua sem uso, mas o banco e a Câmara Municipal de Lisboa estudam agora soluções para desbloquear um dos espaços urbanos mais valiosos da capital. Avaliado em 177 milhões de euros, o imóvel chegou a estar cotado em 240 milhões, sem sucesso de venda, e permanece sem qualquer construção efetiva.

Segundo o Público, a autarquia está a analisar uma nova proposta de loteamento que visa reformular o desenho urbano da área, aumentando as zonas verdes e reduzindo o número de caves de estacionamento. “Está em curso na CML a apreciação de uma nova proposta de loteamento que reformula o desenho e a ocupação urbana anteriormente aprovados, dela resultando, designadamente, uma grande ampliação das áreas verdes e permeáveis e a diminuição do número de caves de estacionamento”, lê-se na publicação.

O Novo Banco, que detém o fundo imobiliário responsável pelo terreno, não comentou publicamente, mas estará a trabalhar com a autarquia para melhorar o alvará e definir a ocupação urbana, especialmente no que diz respeito aos espaços públicos. Este terreno, situado entre as avenidas Conselheiro Fernando de Sousa e Duarte Pacheco e as ruas Artilharia Um e Marquês da Fronteira, esteve envolvido em várias negociações ao longo dos anos, sem resultados concretos.

O espaço fazia parte do antigo projeto Eleanor do banco, destinado à venda a investidores internacionais, mas o preço elevado e a falta de garantias sobre o loteamento impediram a concretização da operação. Em dezembro do ano passado, o terreno foi transferido para o Fundo de Gestão de Património Imobiliário Fungepi GNB, totalmente detido pelo Novo Banco, e representa agora quase dois terços dos ativos imobiliários do fundo.

Carlos Moedas, presidente da Câmara de Lisboa, já manifestou o seu desejo de pôr fim ao estado de abandono do terreno, considerando inadmissível que uma área central da capital permaneça por desenvolver há décadas. “Desde sempre me lembro de ver aquele terreno assim naquele estado, passaram anos e anos e aquilo continua ao abandono. É perfeitamente inadmissível”, declarou Carlos Moedas

Com a revogação do Plano de Pormenor da Artilharia Um, em janeiro de 2024, a autarquia abriu caminho para um novo loteamento, ajustado à realidade urbana atual e com regras menos restritivas, mas sempre em conformidade com o plano diretor municipal.

De acordo com o Público, em 2016, o terreno foi colocado à venda e despertou interesse do grupo chinês Fosun, proprietário da Fidelidade e posteriormente dono do terreno de Entrecampos, assim como da Vanguard, de Claude Berda, conhecido pelos investimentos na Herdade da Comporta. Segundo Ramalho, ambos avaliaram a oportunidade, mas as propostas apresentadas não foram consideradas adequadas.

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