
Artigo escrito por Gorka Ramos, colaboradora do idealista News desde Santiago do Chile.
Um Brasil de recordes. Todas as perspetivas imobiliárias para o gigante sul-americano apontam a um aumento desconhecido. Há uns meses, a Associação Brasileira de Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança revelou que no primeiro semestre do ano os empréstimos concedidos para a construção de casas rondaram os 22.000 milhões de dólares (16,3 milhões de euros), um aumento de 34% face ao mesmo período do ano passado.
Perante tal crescimento, os projetos que defendem a qualidade das construções são fundamentais para que haja um desenvolvimento ordenado e sustentável. Dos 244.700 imóveis financiados no Brasil entre janeiro e junho, 7.711 foram validados pelo programa Alta Qualidade Ambiental (AQUA), um certificado que atesta a eficiência energética e sua contribuição socioeconómica para a região onde se encontram.
Números que fazem com que o país seja líder regional – América do Sul – na construção sustentável, graças ao milhão de m2 erguidos sob as diretrizes do programa AQUA, desenvolvido pela Fundação Vanzolini, que se baseia na homóloga francesa Haute Qualité Environmentale (HQE).
“O processo não propõe sistemas ou processos construtivos nem soluções ou materiais concretos. O que se pede é um projeto coerente e com bom desemprenho ambiental”, explica o coordenador executivo do programa AQUA, Manuel Martins. O certificado avalia a correta planificação, desenvolvimento e execução do projeto, bem como a sua hipotética demolição.
A Brasil, que albergará o próximo Mundial de futebol, já em 2014, e os Jogos Olímpicos de 2016, é uma das nações que mais investe em sustentabilidade nas suas construções, o que o torna apetecível para investidores imobiliários vindos de todos os cantos do planeta.
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