"Passei toda a minha vida no mundo dos negócios, conseguindo o máximo potencial dos projetos e pessoas de todo o mundo. Isso mesmo é o que quero fazer agora com o nosso país". Na sua primeira aparição pública como vencedor das eleições presidenciais dos EUA, Donald Trump deixou claro que será apenas mais um dos 45 presidentes norte-americanos, como também será o CEO da primeira potência mundial.
Depois de uma dura campanha marcada pelo jogo sujo e os golpes baixos, o populismo de Trump conseguiu romper todas as previsões que apontavam para uma ajustada vitória da sua rival, a democrata Hilary Clinton. O polémico magnata imobiliário venceu claramente ao obter 289 delegados por unicamente 218 da sua rival.
Além disso, pelo menos, até às próximas eleições legislativas de 2018, irá manter o controlo do Congresso e do Senado. Isso assegura a Trump, para já, dois anos para meter em marcha o seu programa eleitoral. Nessa altura, os norte-americanos vão votar para renovar os 435 lugares na Câmara dos Representantes e um terço do Senado, e irão decidir se o empresário vai pelo mesmo caminho ou não.
Trump está a desvalorizar as bolsas
A notícia da vitória de Trump apanhou os mercados financeiros de surpresa. "Estes resultados provocaram esta madrugada a fuga dos ativos de maior risco, como de rentabilidade variável (bolsa), para os que são conhecidos como refúgio, como o ouro e o yen japonês", explica Link Securities.
Em concreto, a bolsa de Tóquio fechou a sessão com uma queda de 5,36%, ainda que durante a jornada tenha chegado a cair mais de 6%, enquanto as principais praças europeias, que acordaram com desvalorizações à volta dos 4% e cujos futuros antecipavam um tombo de 5%, reduzem a sua queda ao meio dia com quebras entre 2% e 2,5%, no caso dos países periféricos.
Enquanto o Ftse britânico, Cac francÊs e o Dax alemão perdem menos de 1,5%, o MIB italiano, o PSI português e o Ibex 35 espanhol lideram os números vermelhos do velho continente com quedas à volta dos 2%.
Em contrapartida, no mercado de divisas registam-se subidas quanto ao dólar (tanto no euro e como yen japonês valorizam-se frente à moeda norte-americana), enquanto no mercado de matérias-primas o ouro remonta a posições e se coloca a níveis de 2009.
O BNP Paribas Personal Inverstors avisa que a sessão de hoje vai estar dominada pela volatilidade, o que significa que se podem registar movimentos muito bruscos, e pede paciência aos investidores, tal como Link Securities.
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