
Perto de 90% das casas na capital holandesa utiliza o gás natural como fonte de energia para se aquecer e cozinhar. Mas esta realidade está em vias de mudar. Além de querer reduzir a dependência face à Rússia - que lhe garante 50% do gás natural que consome -, Amesterdão quer converter-se numa cidade livre de emissão de CO2 e, para isso, pretende acabar totalmente com o uso deste combustível. O objetivo é que esta meta seja atingida até 2050, mas o plano já está em curso.
No futuro imediato, ou seja, até 2017, estima-se que 10.000 casas antigas sejam desconectadas da rede de abastecimento e, até 2020, 102.000 lares já sejam alimentados por uma nova fonte de energia. Para construções futuras, a opção de gás natural nem sequer vai estar disponível.
Um serviço centralizado de produção de energia, uma rede de distribuição espalhada por toda a cidade e a utilização de combustíveis mais sustentáveis são as alternativas consideradas por Amesterdão, segundo conta o Eco, dando nota de que o simples facto de se ter apenas um ponto a gerar energia já é um fator de poupança, ao juntar um novo combustível, nomeadamente o lixo industrial — já utilizado em 70.000 habitações –, a taxa de sucesso é ainda maior.
Mas nem tudo serão "rosas" neste projeto verde da capital holandesa de centralizar o fornecimento de energia. Além dos avultados investimentos necessários, a mudança vai requerer a montagem de tubos com alta capacidade de isolamento, tanto na cidade como nas próprias casas, sendo que o isolamento das habitações também terá de ser reforçado para que não haja qualquer perda de energia.
Mas, ainda de acordo com o jornal, nem todas as casas vão ser incluídas nesta centralização. Outro eixo deste plano passa pela instalação de painéis solares para produção própria de energia, com a possibilidade de os moradores venderem o excesso de energia produzido à rede de distribuição.
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