A partir de 8 de abril, residentes de Wuhan vão poder sair de casa, depois de quase três meses de confinamento. 
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Covid-19: imobiliário na China começa a dar sinais de recuperação
Zona de Hankou Railway Station, em Wuhan, China. Photo by Benjamin Chris on Unsplash

As vendas de casas registadas na China apontam para uma recuperação provisória, depois do colapso provocado pela pandemia do coronavírus. As vendas diárias cairam 99,7% desde o primeiro dia que se decretou o surto, até aos mínimos alcançados em fevereiro, segundo dados da Capital Economics y Knight Frank. A China vai colocar termo à proibição de saída aos residentes de Wuhan (o "berço" da pandemia internacional) a partir de 8 de abril de 2020, após quase três meses de confinamento. 

A reabertura da atividade económica em algumas zonas, depois das estrictas restrições impostas para combater o Covid-19, já começou a notar-se no aumento de transações imobiliárias. Segundo o estudo sobre os 30 mercados de maior dimensão da China, só na primeira quinzena de março, as vendas de casas aumentaram 8,5 pontos face ao mesmo período do mês anterior.

Os mercados imobiliários em todos os continentes preparam-se para um forte choque, enquanto milhões de pessoas mantêm-se confinadas em casa para superar a crise sanitária provocada pela pandemia global. Apesar das tentativas dos bancos centrais para dar estimulos à economia, o impacto de um fecho internacional está a notar-se. Para o setor do imobiliário implica, no curto prazo, uma restrição para poder ver casas, fazer avaliações de imóveis para calcular empréstimos e o adiamento de assinaturas nos notários - ainda que se estejam a mobilizar esforços em todas estas áreas para sacar partido da tecnologia e tornar possíveis os procedimentos à distância e de forma digital. 

Poderá extrapolar-se esta recuperação no imobiliário chinês para outros mercados? "Devemos ter cuidado em fazer comparações estritas entre as diferentes respostas ao Covid-19. A experiência na Ásia sugere que uma vez os novos casos de infeção diminuam, há um aumento relativamente rápido da atividade, ainda que desde níveis muito baixos", afirma Kate Everett-Allen, de Knight Frank.

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