A inflação também está a sentir-se nos preços das casas, que estão a crescer em todo o mundo - em alguns países, mais que outros. A Turquia, por exemplo, que há muito luta contra essa situação, continua no topo em termos de crescimento de preços imobiliários, de acordo com o Global House Price Index, da Knight Frank, relativo ao terceiro trimestre, que avalia 56 territórios. Portugal aparece a meio da tabela, na 29ª posição.
Preços imobiliários em alta no mundo
Os preços das casas continuam a subir em todo o mundo. O valor médio de uma casa, segundo a Knight Frank, aumentou 9,4% nos 12 meses até ao terceiro trimestre de 2021. Cinquenta e quatro dos 56 países e territórios seguidos pelo índice viram os preços subir de ano para ano em termos absolutos - apenas Malásia e Marrocos resistiram à tendência.
Os três primeiros lugares do ranking são ocupados por Turquia, Coreia do Sul e Nova Zelândia, que registaram crescimentos de 35,5%, 26,4% e 21,9%, respetivamente. Mas, entre os países que estão a crescer a dois dígitos, também encontramos Suécia, EUA, Alemanha, Grã-Bretanha, Hungria e Chile. Portugal supera os 9% no crescimento dos preços residenciais em termos absolutos.
Além disso, a proporção de mercados residenciais domésticos que testemunham um crescimento anual de preços acima de 10% está agora em 48%, contra 13% no início da pandemia.
Onde é que as casas são mais baratas no mundo
Em contraste, alguns países, em particular a Malásia e Marrocos, viram os preços dos imóveis cair -0,7 e -2,3%, respetivamente. Já Itália, Chipre e Índia são as nações que veem os preços ficar praticamente inalterados - se considerarmos o ajuste pela inflação, o número de países com queda nos preços dos imóveis expande-se para Brasil, Colômbia, África do Sul, Roménia, Espanha e Indonésia.
Os preços dos imóveis atingiram o pico?
De acordo com a Knight Frank, há sinais de alta nos preços dos imóveis em alguns países do mundo. Ainda assim, 18 países e territórios viram a taxa de crescimento anual de preços desacelerar entre junho e setembro de 2021 - estes incluem a Nova Zelândia, os EUA e o Reino Unido. Entre as causas estão aumentos nas taxas de juro, alterações nos impostos sobre propriedades e incertezas quanto à acessibilidade aos imóveis.
No entanto, de acordo com os especialistas da Knight Frank, o boom imobiliário continuará em 2022, se a Covid e as várias variantes o permitirem, devido ao aumento da inflação em todas as economias mundiais.
Aqui está a classificação completa de acordo com a Knight Frank:
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